Com a mudança para a municipalização dos serviços de vacinação antirrábica, o processo de imunização para cães e gatos no Espírito Santo passou a ser coordenado diretamente pelos municípios, em vez de uma campanha centralizada em um único período. Isso significa que os tutores de animais são informados localmente sobre quando e onde a vacinação está disponível.
A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa-ES) informou que a vacinação está em andamento e que o “Dia D” de mobilização ocorrerá no dia 28 de setembro. Neste dia, os esforços serão intensificados para garantir que um maior número de animais seja vacinado contra a raiva.
A campanha nacional de vacinação contra a raiva é uma prática anual no Brasil, organizada pelo Sistema Único de Saúde e pelo Ministério da Saúde. A legislação que ampara essas campanhas inclui a Lei nº 6.259/1975 e o Decreto nº 78.231/1976, com o objetivo de proteger a população de doenças preveníveis por imunização. Contudo, a recente municipalização resultou em uma diminuição da cobertura vacinal, devido à falta de coordenação e experiência das prefeituras.
Os 78 municípios do Espírito Santo receberam, em média, 8.974 doses de vacina antirrábica cada, totalizando 700 mil doses. A Secretaria de Saúde destaca a importância de cada município desenvolver estratégias para maximizar a cobertura vacinal e interromper a circulação do vírus da raiva, que causa aproximadamente 60 mil mortes humanas por ano no mundo.
Apesar da redução drástica da incidência de raiva humana na América Latina, com uma diminuição de 98% devido às campanhas de vacinação contínuas, a presença do vírus em morcegos e herbívoros mantém a necessidade de vigilância constante. No Espírito Santo, a última ocorrência de raiva em humanos foi registrada em 2003, e a última em felinos ocorreu em 2011.
Orientações
A vacina é destinada a cães e gatos a partir de três meses de idade, com uma dose única de 1 ml administrada por via subcutânea ou intramuscular. A proteção é estabelecida 21 dias após a vacinação e dura um ano, necessitando de revacinação anual. A vacina pode ser administrada em fêmeas prenhes ou lactantes.