O establishment político dos Estados Unidos enfrenta um momento de intensa insegurança, refletindo um medo que parece superar a própria sombra que projetam. Recentes declarações de figuras proeminentes, como o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, revelam a tensão que permeia as relações internacionais e as percepções do poder norte-americano. Carney, em resposta às intenções de Donald Trump, declarou que o Canadá nunca se tornará parte dos Estados Unidos, enfatizando a loucura de tal ideia.
Entre os líderes políticos, acadêmicos e executivos da elite americana, muitos têm se calado diante da incerteza. Aqueles que tradicionalmente celebram o espírito da fundação da república parecem hesitar em se manifestar, revelando um clima de apreensão. O adágio sobre a relação entre governo e povo torna-se relevante: quando o governo teme sua população, existem oportunidades para a liberdade; já quando é o povo que teme seu governo, a tirania pode se instaurar.
Essa situação propicia um ambiente de desconforto e vigilância, onde a crença na estabilidade e na transparência democraticamente idealizada é colocada à prova. O establishment dos EUA, portanto, vive em um estado de alerta, lidando com um monstro que, em grande parte, é alimentado por suas próprias incertezas e discórdias internas. Este cenário é uma reflexão sobre o papel do governo e da participação cidadã em um país que já foi visto como um bastião da democracia e estabilidade.