Neste domingo, 15 de dezembro, parte do pessoal diplomático russo foi repatriado de Damasco, Síria, rumo à Rússia, conforme anunciado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Essa movimentação ocorre uma semana após a derrubada do governo de Bashar al Assad, aliado de Moscou.
O ministério reportou que a retirada foi realizada por meio de um voo especial da Força Aérea russa, que decolou da base aérea de Hmeimim e pousou em um aeroporto nas proximidades de Moscou. As autoridades não especificaram o número de diplomatas a bordo.
Entre os evacuados estavam representantes de missões diplomáticas de Belarus, Coreia do Norte e Abecásia, uma região separatista da Geórgia que conta com o suporte russo. A embaixada russa em Damasco, no entanto, continua em operação, conforme comunicado oficial.
A queda do governo de Assad ocorreu após uma ofensiva de 11 dias liderada pela coalizão rebelde Hayat Tahrir al Sham (HTS), resultando na fuga do ex-presidente sírio para a Rússia junto com sua família. Este evento representou uma significativa derrota para Moscou, que, junto com o Irã, mantinha uma forte influência sobre o governo de Assad e estava militarmente envolvida no conflito sírio desde 2015.
Atualmente, o destino das duas instalações militares russas na Síria – a base naval de Tartus e o aeródromo militar de Hmeimim – permanece incerto. Estas bases são cruciais para a Rússia, pois garantem sua influência na região do Oriente Médio, no Mediterrâneo e na África. Recentemente, um porta-voz do Kremlin informou que Moscou está em diálogo com as novas autoridades sírias sobre o futuro dessas instalações estratégicas.