segunda-feira, 24 de março de 2025

Oficina ensina mulheres sobre pintura com tintas naturais

A partir de elementos naturais acessíveis, de origem mineral e vegetal, é possível extrair pigmentos de cores diversas e pintar em várias superfícies, construindo sua própria arte de forma sustentável. É isso que a artista Karen Pataxó vai apresentar na Oficina Colorindo com a Terra, que será realizada no dia 22 de junho em Vitória, como parte do II Ciclo de Oficinas do projeto Cores da Mãe Terra.

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A atividade é voltada para o público feminino e inclui reserva de vagas para mulheres negras, indígenas, LGBTQIAPN+, mães solo, mulheres com deficiência e moradoras da região da Grande Goiabeiras. As inscrições para participar da seleção estão abertas até o dia 12 de junho por meio de formulário online ou presencialmente no Centro Artístico e Cultural Babado, em Goiabeiras. A participação é gratuita e serão selecionadas 18 mulheres, que serão avisadas previamente sobre a participação.

“A vivência é uma experiência para um desbloqueio da percepção das pessoas no dia a dia sobre cores e formas de pintar que elas podem encontrar em casa ou em sua comunidade. É uma oficina bem livre, onde se estimula a criação de cada participante, mas na qual dou o direcionamento de alguns materiais que uso da forma mais simples possível”, diz Karen Pataxó, que busca resgatar pigmentos ancestrais, utilizados por povos desde muito tempo atrás. Diferentes tipos de barro, frutas, raízes e algas estão entre as matérias-primas para tintas de cores distintas com que as participantes poderão pintar livremente e levar para casa sua própria arte como lembrança da atividade.

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A oficineira chama atenção para aspectos de saúde e acessibilidade proporcionados pelo conhecimento e técnicas com uso de pigmentos naturais. “As tintas naturais são muito boas para usar em atividades com crianças, para evitar materiais químicos que podem ser muito alérgicos”, diz. O mesmo vale também para adultos, claro, público-alvo da oficina. “Como não exigem muitos recursos financeiros para produção, também é muito interessante. Comecei a buscar saber mais sobre tintas naturais pois via muitas oficinas de graffiti acontecerem, mas depois da oficina ficava difícil para os jovens seguirem pintando pois o material é caro. Já com as tintas naturais, você pode observar no lugar onde mora e buscar os elementos que permitem extrair as cores”, explica.

O segundo ciclo do projeto Cores da Mãe Terra tem início com a Oficina Mão no Barro, ministrado pela paneleira tradicional de Goiabeiras Rosinea Alvarenga, com inscrições já encerradas. Outras duas oficinas, com inscrições abertas pelo mesmo formulário, acontecem em julho, uma de Tingimento Natural, com a designer de moda Jaqueline Padovan, e outra de Colagem Botânica, com a bióloga e educadora ambiental Larissa Firme.

 

O Cores da Mãe Terra é uma iniciativa da Kaá Cuidados da Terra com patrocínio da Lei Rubem Braga, da Prefeitura Municipal de Vitória, e parceria com o Centro Artístico e Cultural Babado. “O projeto conecta arte, cultura, meio ambiente e autocuidado por meio dos saberes e fazeres manuais e do artesanato, estimulando a expressão criativa e formando uma rede potente de mulheres que buscam nas oficinas essa reconexão consigo e com a natureza”, diz Larissa Firme, idealizadora da iniciativa.

Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas no Instagram @kaa.cuidados.

– Inscrições para o ciclo de oficinas Cores da Mãe Terra:

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