O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil-AP, foi eleito presidente do Senado neste sábado (1º), conquistando uma ampla maioria com 73 dos 81 votos. A sessão preparatória para a eleição teve início pouco depois das 10h, e durante os discursos, tanto o senador Marcos do Val (Podemos-ES) quanto a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) decidiram retirar suas candidaturas. Além de Alcolumbre, também concorreram ao cargo os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Davi Alcolumbre, em sua declaração, se apresentou como um “defensor intransigente” do diálogo e da construção coletiva. Ele enfatizou seu compromisso com o Senado e com a população, afirmando que governar é ouvir e que liderar deve ser uma forma de servir. Alcolumbre reforçou a necessidade de uma liderança que una, ao invés de dividir.
Em sua vez, Marcos Pontes destacou a urgência de mudanças no país, insistindo que “o povo clama por ações.” Ele mencionou a importância de garantir que as vozes da população sejam ouvidas e que os valores democráticos sejam respeitados.
Eduardo Girão, por outro lado, criticou a imagem do Senado, que ele considera péssima. Ele chamou a atenção para a perda do reequilíbrio entre os poderes e a questão da censura, que, segundo Girão, retornou ao Brasil após a redemocratização. O senador enfatizou a responsabilidade compartilhada por todos em relação à situação atual da Casa.
Entenda o papel do presidente do Senado
O presidente do Senado é um dos principais representantes do Poder Legislativo, presidindo o Congresso Nacional. Entre suas competências estão empossar o presidente da República e convocar sessões extraordinárias do Congresso em caso de estado de defesa ou intervenção federal. Ele também é responsável por receber pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, cabe ao presidente do Senado definir a pauta das sessões da Casa e do Congresso. A eleição para o cargo é secreta, realizada em cédulas de papel e requer a maioria absoluta dos votos dos senadores, ou seja, no mínimo 41 votos. Caso nenhum candidato alcance essa marca, um segundo turno é realizado entre os dois mais votados. Contudo, a eleição do presidente da Casa sempre exige pelo menos 41 votos.