O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, em entrevista, sobre a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sob a nova presidência de Gabriel Galípolo, que optou por manter a trajetória de aumento da taxa de juros, elevando-a em um ponto percentual. Essa decisão não foi uma surpresa para Lula, que destacou a importância da responsabilidade que o cargo exige.
Lula enfatizou que, devido à complexidade econômica do Brasil, o presidente do Banco Central não pode tomar decisões abruptas, especialmente em tempos de instabilidade. Ele comentou sobre a necessidade da elevação dos juros já mencionada pelo ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e afirmou que Galípolo agiu conforme sua avaliação da situação econômica.
O presidente expressou total confiança no trabalho de Galípolo e acredita que ele está apto a criar condições para reduzir a taxa de juros, respeitando o tempo das políticas econômicas. Lula ressaltou que o governo precisa fazer sua parte, assim como a sociedade, e que o trabalho do presidente do Banco Central é coordenar a política monetária para alcançar uma inflação e uma taxa de juros mais baixas.
Sobre a autonomia do Banco Central, Lula reafirmou seu compromisso em garantir que Galípolo tenha liberdade para atuar. Ele lembrou que ex-presidentes, como Henrique Meirelles, tiveram essa autonomia durante seu mandato, e deixou claro que espera que o novo presidente tome as decisões necessárias para promover investimentos e desenvolvimento sustentável no Brasil.
Lula concluiu afirmando que não espera milagres, mas sim a atuação de Galípolo conforme sua compreensão e conhecimento sobre a economia. Essa abordagem deve resultar em um ambiente econômico mais favorável, com geração de empregos e distribuição de riqueza no país.