sábado, 2 de novembro de 2024

Passa ou repassa: veto de Pazolini volta à Câmara e base do prefeito racha de vez

A semana terminou conturbada entre a Prefeitura e  a Câmara de Vitória. Na última segunda-feira (29), o prefeito da capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), seguiu o parecer da Procuradoria-Geral do município e vetou o aumento de salário dos vereadores. O veto, porém, retornou para o gestor, sob a alegação de inconsistência nas informações. Mas eis que Pazolini devolveu o “batata quente” para o parlamento que, agora, terá de decidir se mantém ou derruba o veto do prefeito.

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Entenda o caso

No último dia 2 de maio, a Câmara Municipal  aprovou um reajuste de 97,2%, elevando os salários de R$ 8.966,26 para R$ 17.681,99. Na ocasião, também foi aprovada a inclusão da parcela do 13º salário para os vereadores, por 8 votos favoráveis a 5 contrários. O projeto, então, foi encaminhado para o prefeito, que poderia sancionar ou vetar.

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O veto foi encaminhado para a Câmara na última segunda-feira (29). Ao tomar conhecimento do parecer de Pazolini, o presidente da Casa de Leis, Delegado Leandro Piquet (Republicanos), após análise do documento, disse que faltavam documentos para serem apreciados pelos parlamentares.

“Todo veto tem que ser acompanhado dos documentos. Verificamos a inconsistência e retornamos o veto (à prefeitura) para que fosse complementado. O prefeito tinha até 23h59 de ontem (30) para responder. Não havendo resposta, agora ele passa a ter 48 horas para promulgar a lei”, explicou Piquet, em entrevista ao MovNews na última quarta-feira (31). 

Câmara de Vereadores de Vitória – Foto: Divulgação

Pazolini respondeu no prazo

O prefeito de Vitória, então, devolveu o veto para os vereadores. Agora, a Câmara terá de analisar e decidir se mantém ou se derruba o veto ao aumento de salários dos parlamentares. É aí que entra o conflito entre os poderes Executivo e Legislativo da capital capixaba.

Base do prefeito rachou

Embora os vereadores aliados de Pazolini digam que seguem apoiando o prefeito, nos bastidores o que se diz é que a base do gestor está rachada. De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, parlamentares viram o movimento de Pazolini como uma “tentativa de melhorar sua imagem arranhada”. 

Como os próprios vereadores terão de decidir se vão manter o veto ao aumento de salário, tanto faz qual vai ser a decisão, já que o beneficiado será o prefeito. 

“Ele trocou a governabilidade por uma tentativa de melhorar a imagem de sua gestão”, relatou uma fonte que ainda afirmou:

“A base do prefeito não está satisfeita. Posso afirmar que a base se ‘esfacelou’ com esse movimento do Pazolini. Deixou a bomba para os vereadores”. 

Os próximos capítulos irão dizer se o movimento arriscado de Lorenzo Pazolini deu certo ou não. 

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Redação
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