sábado, 2 de novembro de 2024

Veto ao aumento de salário dos vereadores de Vitória irrita a base de Pazolini na Câmara

Os vereadores de Vitória não receberam bem o veto do prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), ao aumento de salário dos parlamentares, que passará a valer a partir de 2025. Pazolini seguiu o parecer da Procuradoria-Geral de Vitória e vetou totalmente o projeto. 

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No último dia 2 de maio, a Câmara Municipal  aprovou um reajuste de 97,2%, elevando os salários de R$ 8.966,26 para R$ 17.681,99. Na ocasião, também foi aprovada a inclusão da parcela do 13º salário para os vereadores, por 8 votos favoráveis a 5 contrários. O projeto, então, foi encaminhado para o prefeito, que poderia sancionar ou vetar.

O veto foi encaminhado para a Câmara na última segunda-feira (29). Ao tomar conhecimento do parecer de Pazolini, o presidente da Casa de Leis, Delegado Leandro Piquet (Republicanos), após análise do documento, disse que faltavam documentos para serem apreciados pelos parlamentares.

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“Todo veto tem que ser acompanhado dos documentos. Verificamos a inconsistência e retornamos o veto (à prefeitura) para que fosse complementado. O prefeito tinha até 23h59 de ontem (30) para responder. Não havendo resposta, agora ele passa a ter 48 horas para promulgar a lei”, explicou Piquet. 

O presidente da Câmara ainda ressaltou que, caso o chefe do Executivo municipal não promulgue a lei dentro do prazo, a mesma será promulgada pelo Legislativo. 

“Eu ressalto que sou contrário ao aumento (do salário), mas como presidente da Câmara, tenho que seguir o regimento. Agora, o assunto já foi superado e temos que pautar projetos que realmente interessam à cidade de Vitória”, declarou Leandro Piquet.

Vereador Delegado Leandro Piquet, presidente da Câmara de Vitória. Foto: Reprodução/MovNews

Base irritada

O veto ao aumento de salário dos vereadores não irritou somente àqueles que foram favoráveis – lembrando que membros da base de Pazolini votaram pela aprovação -, mas até os contrários ao projeto. 

O vereador Vinicius Simões (Cidadania) afirmou que, embora tenha sido contra o aumento, considerou um desrespeito por parte do prefeito por ter interferido em assunto que diz respeito ao Legislativo. 

“O prefeito se aproveitou da situação para se promover, uma vez que sabe que sua popularidade está baixa. Ele expôs a Câmara novamente porque sabe que se trata de um tema impopular”, disse Simões. 

O vereador ainda destacou que “a base do prefeito se afastou” por conta deste veto. 

A reportagem do MovNews entrou em contato com o líder de Pazolini na Câmara, Duda Brasil (União), e com a assessoria do prefeito, Lorenzo Pazolini, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.

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