“Eu gostaria que ele estivesse aqui no Brasil, porque eu acho que ele é o homem da direita, a cabeça da direita no Brasil, e estar sem ele é ruim para todos nós. Ele deveria estar aqui orientando as pessoas, ajudando a gente a fazer oposição. Eu acho que ele pode ser preso, eu acho que ele tem mais informações do que a gente”, disse.
Zambelli recuou da defesa pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não é oportuno, ela argumentou, retirar um magistrado da Corte agora, dado que a cadeira vaga seria substituída por indicação do presidente Lula.
A declaração ocorre no momento em que Moraes lidera a investida contra os apoiadores de Bolsonaro que invadiram as sedes dos três Poderes em 8 de janeiro.
“A gente tem que esperar até maio, ver como o Senado vai lidar com a indicação do substituto do (ministro Ricardo) Lewandowski, e à medida que isso for acontecendo, a gente pensa se a gente vai fazer impeachment ou não, mas agora não é o momento. Agora é hora de focar no Lula”, afirmou.
Nas redes sociais, a deputada foi chamada de “traíra” por militantes bolsonaristas após conceder entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmando que “não é hora de bater no STF”. Uma postagem de Zambelli foi inundada de comentários de eleitores se dizendo insatisfeitos.
Apoiadores do ex-presidente também passaram a chamá-la de “Joice 2?, em referência à ex-deputada Joice Hasselmann, que foi eleita em 2018 na esteira do bolsonarismo e se afastou do ex-chefe do Executivo durante o mandato.
Sobre os comentários negativos, Zambelli afirmou ao Estadão que “vai passar algum tempo e vai se anuviar”. Ela negou que esteja se afastando de Bolsonaro. “De jeito nenhum, muito pelo contrário. (…) Agora, que eu gostaria que ele estivesse aqui, gostaria, todos nós de direita gostaríamos.”
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