Estados Unidos e Canadá vão reforçar processos de investigação sobre o acidente ocorrido com o submersível Titan, ocorrido na semana passada. Um dos objetivos da investigações é esclarecer se o uso de materiais impróprios para veículos submersíveis, como a fibra de carbono, pode ter contribuído para a implosão.
O transporte subaquático implodiu quando tentava chegar aos destroços do Titanic levando cinco tripulantes a bordo em um passeio turístico – todos morreram.
Os EUA realiza uma investigação através da Guarda Costeira, que receberá o apoio do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes. A Guarda dos EUA trata o caso como “um grande acidente marítimo”, que está envolta em uma situação complexa em relação à jurisdição responsável pelo incidente, ocorrido em águas internacionais.
No Canadá as investigações serão conduzidas pelo Escritório de Segurança do Transporte do Canadá – TSB (sigla em inglês). A agência não tem relacionamento direto com órgãos governamentais, e por ser independente não pode determinar responsabilidades civis ou criminais, nem mesmo apontar culpados pelo ocorrido. O envolvimento do Canadá nas investigações se justifica porque o navio-mãe do Titan, a embarcação Polar Prince, tem bandeira canadense.
OceanGate Expeditions é a empresa proprietária e operadora do Titan e tem sede nos EUA, mas o submersível estaria registrado nas Bahamas, de acordo com agências internacionais de notícias.
Ray Dalio, investidor e cofundador da iniciativa de exploração marinha OceanX, afirmou, na última sexta-feira, 23, que a empresa, responsável pelo Titan, “criou seu próprio veículo experimental com materiais evitados por outros empreendimentos e decidiu ignorar o processo de certificação projetado para garantir a segurança e optou por ignorar os avisos de muitos especialistas dentro da comunidade submersível”.