Durante esta quinta-feira, 22, foi o relatório “Abaixo da Meta: Enfrentando a Crise de Financiamento Climático para Crianças”, numa tradução livre. Segundo o documento, produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e parceiros, os atuais investimentos para enfrentar a crise climática não são adequados para as necessidades das crianças.
Critérios de adequação
O relatório revela que apenas 2,4% dos principais fundos climáticos globais seguem diretrizes voltadas para a população infantil. Essa parcela representou apenas U$ 1,2 bilhão em investimentos durante um período de 17 anos.
Mais de 1 bilhão de crianças tem uma probabilidade extremamente alta de sofrer com os impactos da crise climática, segundo com o Índice de Risco Climático Infantil do Unicef.
O estudo considera três critérios para avaliar a adequação às necessidades dos menores:
- Os riscos específicos e elevados aos quais estão expostos
- O fortalecimento da resiliência de serviços sociais para o grupo
- Capacitação das crianças como agentes de mudança

Financiamento para “enfrentar injustiças”
O Unicef também afirma que as mudanças dos padrões climáticos prejudicam o acesso das crianças a serviços básicos: educação, saúde e água potável.
Segundo Kelley Toole, chefe global de mudanças climáticas da organização Save the Children, as crianças, especialmente aquelas já afetadas pela desigualdade e discriminação, “fizeram o mínimo para causar a mudança climática, mas são as mais atingidas por ela”.
Ela ainda afirma que, o financiamento climático “oferece uma oportunidade de enfrentar essas injustiças, considerando as necessidades e perspectivas das crianças.”
O relatório foi produzido pela Iniciativa de Direitos Ambientais das Crianças, Ceri, uma coalizão composta por Unicef, Save the Children e Plan International.