O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou apoio ao plano de criar um esforço internacional para treinar pilotos ucranianos em caças avançados, incluindo os jatos F-16 —aeronave de combate que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, reivindica de seus aliados ocidentais para combater a Rússia.
Biden não fez ainda um comunicado oficial, mas a informação foi veiculada por autoridades dos EUA sob condição de anonimato. Segundo essas declarações, Washington também deve discutir nos próximos meses o fornecimento de F-16 a Kiev. Alguns países europeus que possuem esse tipo de caça já manifestaram interesse em oferecê-lo à Ucrânia.
A decisão americana ocorreu em meio a um dia de discussões entre os líderes das nações do G7 sobre como preparar a Ucrânia para deter a agressão russa nos próximos anos. Durante meses, Biden resistiu aos pedidos de Kiev para fornecer os F-16, dizendo que eles não eram imediatamente necessários.
Além disso, uma das preocupações dos EUA é a de que os caças pudessem ser usados para atingir alvos em territórios da Rússia e, assim, potencialmente escalar o conflito. Moscou, em várias oportunidades, levanta a bandeira de sua doutrina nuclear como estratégia de dissuasão. Ou seja, sendo o território russo alvo de um possível ataque ucraniano —com armas ocidentais— o país de Vladimir Putin poderia acionar seu arsenal nuclear e desencadear o que, na prática, poderia se tornar uma Terceira Guerra Mundial.