A sede do império de luxo LVMH, em Paris, foi invadida nesta quinta-feira, 13. A invasão foi realizada por manifestantes grevistas contra a controversa reforma da Previdência promovida pelo governo de Emmanuel Macron.
A ação dos grevistas, realizada com sinalizadores de fumaça e alto-falantes, marcou a 12ª jornada de protestos na França.
Os protestos antecedem a divulgação do parecer do Conselho Constitucional sobre a proposta, previsto para esta sexta-feira, 14.
O parecer do Conselho Constitucional deve apresentar análises de constitucionalidade das medidas. Ele pode aprovar o texto da reforma na sua integralidade, aprová-lo com ressalvas ou rejeitá-lo totalmente.
Segundo informação da junta intersindical que articula as greves e os protestos, os atos desta quinta reuniram mais de 1,5 milhão de pessoas pelo país.
Participaram da invasão à sede da holding LVMH trabalhadores dos sindicatos ferroviários, da saúde e da educação, além de jovens estudantes e black blocs, que entoaram palavras de ordem contra o capitalismo.
Outro local atacado, também nesta quinta, foi a sede do Banco da França (BNF), porém já no final dos atos e por manifestantes radicais, que atiraram fogos de artifício contra o prédio na Praça das Bastilha.
Em função dos ataques, ao todo 36 pessoas foram presas e 156 ficaram feridas em Paris. Além disso, cerca de 10 agentes de segurança também apresentaram ferimentos.