domingo, 27 de abril de 2025

Angola e Moçambique aderem à iniciativa para erradicar Aids em crianças até 2030

Ministros e representantes de 12 países africanos fizeram um compromisso e traçaram planos para acabar com a Aids infantil até 2030.  Na lista encontram-se Angola e Moçambique.

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Atualmente, em todo o mundo, um menor morre de causas relacionadas à doença a cada cinco minutos.

Uma mulher grávida de 20 anos que nasceu com HIV toma medicamentos para prevenir a transmissão de mãe para filho.

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Acesso a tratamento

A Declaração de Dar-es-Salaam sobre o fim da Aids em crianças foi endossada por unanimidade, na Tanzânia, na primeira reunião ministerial da Aliança Global para acabar com a Aids infantil.

A meta é garantir que todos os menores com HIV tenham acesso a tratamento e que as mães soropositivas tenham bebês sem HIV eliminando a chamada transmissão vertical.

Os países com alta carga de HIV que aderiram à aliança na primeira fase são: Angola, Camarões, Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Quênia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

A Aliança, criada em julho de 2022, trabalhará para impulsionar o progresso nos próximos sete anos, para garantir que a meta de 2030 seja cumprida. Na reunião, parceiros internacionais definiram como apoiariam os países no cumprimento desses planos.

Atualmente, 38 milhões de pessoas vivem com o vírus da Aids.

Unicef/Karin Schermbrucke

Atualmente, 38 milhões de pessoas vivem com o vírus da Aids.

Plano de ação

Em parceria com redes de pessoas vivendo com HIV e líderes comunitários, os ministros apresentaram seus planos de ação para ajudar a encontrar e fornecer testes a mais mulheres grávidas e encaminhá-las para tratamento. Os planos também envolvem encontrar e cuidar de bebês e crianças vivendo com HIV.

Apenas metade das crianças que vivem com HIV estão em tratamento para salvar vidas, muito atrás dos adultos, dos quais três quartos estão recebendo antirretrovirais.

Em 2021, 160 mil crianças adquiriram HIV. Elas representaram 15% de todas as mortes relacionadas à Aids, apesar do fato de que apenas 4% do número total de pessoas vivendo com HIV são crianças.

O trabalho será centrado em quatro pilares:

  • Testes precoces e tratamento e cuidados ideais para bebês, crianças e adolescentes;
  • Fechar a lacuna de tratamento para mulheres grávidas e lactantes vivendo com HIV, para eliminar a transmissão vertical;
  • Prevenção de novas infecções por HIV entre adolescentes e mulheres grávidas e lactantes;
  • Abordar os direitos, a igualdade de gênero e as barreiras sociais e estruturais que dificultam o acesso aos serviços.

A diretora executiva do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, disse que os líderes estabeleceram o compromisso com a ação necessária para corrigir a desigualdade das crianças que vivem com HIV.

Winnie Byanyima reforça que “nenhum bebê precisa nascer com HIV ou ser infectado durante a amamentação, e nenhuma criança vivendo com HIV precisa ficar sem tratamento”.

Já o Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, prometeu apoio. A diretora associada do Unicef, Anurita Bain declarou que “toda criança tem direito a um futuro saudável e promissor, mas para mais da metade das crianças que vivem com HIV, esse futuro está ameaçado”.

Progressos

No mundo, 16 países e territórios já foram certificados para validação da eliminação da transmissão vertical do HIV e/ou sífilis.

No ano passado, Botswana foi o primeiro país africano com alta prevalência de HIV a ser validado como estando no caminho para eliminar a transmissão vertical do HIV.

Isso significa que o país teve menos de 500 novas infecções por HIV entre bebês por 100 mil nascimentos. A taxa de transmissão vertical no país era de 2% contra 10% há uma década.

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