O líder das Nações Unidas, António Guterres, lamentou a morte do papa emérito Bento 16. O falecimento foi anunciado neste sábado.
Em nota, emitida pelo seu porta-voz, Guterres expressou “grande tristeza” e disse que o ex-papa era um homem humilde, de oração e de estudo.
Defesa dos direitos humanos
Segundo agências de notícias, o ex-pontífice morreu no Vaticano na manhã deste sábado. Mas na quarta-feira, durante a audiência semanal, o papa Francisco já havia pedido orações por Bento 16, que estaria muito doente.
O secretário-geral da ONU lembrou da visita que o ex-pontífice fez à sede da organização, em Nova Iorque, em 2008, quando foi recebido pelo então líder da ONU, Ban Ki-moon.
Guterres afirmou que o papa emérito guardava os princípios da fé, era incansável na sua busca pela paz e determinado na defesa dos direitos humanos.
O chefe das Nações Unidas disse ainda que Bento 16 era um guia espiritual para milhões de pessoas ao redor do globo e um dos maiores acadêmicos em teologia de sua geração.
Vida de oração e compromisso com a paz
Ao visitar a ONU, em 2008, ele apelou “pela construção das relações internacionais numa forma que permita a cada pessoa e a todos os povos sentirem que estavam fazendo a diferença.”
Segundo Guterres, os chamamentos poderosos por solidariedade com as pessoas marginalizadas e os apelos urgente de Bento 16 para diminuir a distância entre pobres e ricos permanecem mais relevantes que nunca.
Ele encerrou a nota expressando profundas condolências aos católicos e a outras pessoas, ao redor do mundo, que se sentiram inspiradas pela vida de oração e pelo compromisso tenaz com a não-violência e a paz demonstrados por Bento 16.
Funeral será em 5 de janeiro no Vaticano
O ex-papa liderou a Igreja Católica Apostólica Romana de 2005 a 2013 e renunciou ao posto sendo sucedido pelo atual papa Francisco. Conhecido como cardeal Joseph Ratzinger, da Alemanha, antes de ser eleito papa, aos 78 anos, ele era considerado o braço direito do papa João Paulo II. O Vaticano informou que Bento 16 será velado na Basílica de São Pedro, a partir de 2 de janeiro, e que o funeral será presidido pelo papa Francisco em 5 de janeiro.