A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, expressou alívio após o resgate de mais de 200 pessoas que estavam à deriva no mar a pelo menos um mês na região da Indonésia.
O grupo foi resgatado por pescadores indonésios e autoridades locais. Os sobreviventes desembarcaram em dois grupos, cerca de 58 no último domingo e 174 na segunda-feira.
Atendimento aos sobreviventes
A representante do Acnur na Indonésia, Ann Maymann, agradeceu o “ato de humanidade” dos envolvidos no resgate. Para ela, essas ações ajudam a salvar vidas.
Os sobreviventes receberam cuidados médicos urgentes para tratar exaustão e desidratação. De acordo com as testemunhas, as péssimas condições a bordo provocaram a morte de 26 pessoas no mar.
Segundo o Acnur, muitas das pessoas resgatadas requerem atenção médica urgente para estabilizar seu estado de saúde. A agência também está enviando mais suprimentos e funcionários para ajudar as comunidades e autoridades a apoiar os resgatados.
Jornada arriscada
Neste ano, mais de 2 mil pessoas fizeram viagens marítimas arriscadas no Mar de Andamão e na Baía de Bengala. Cerca de 200 pessoas morreram na travessia. Muitos dos refugiados são homens, mulheres e crianças Rohingya, que fugiram da perseguição em Mianmar para Bangladesh em 2017.
O Acnur também está trabalhando para confirmar relatos de que um barco adicional com 180 pessoas a bordo ainda está desaparecido no mar, com todos os passageiros dados como mortos.
A agência da ONU destacou que todos os países da região “devem cumprir suas obrigações legais” de salvar pessoas em barcos em perigo para evitar mais miséria e mortes.
Compromisso da Indonésia
Os últimos dados da ONU indicam que, nas últimas seis semanas, a Indonésia ajudou a salvar 472 pessoas de quatro barcos. Isso demonstra “seu compromisso e respeito aos princípios humanitários básicos para pessoas que enfrentam perseguições e conflitos”.
O Acnur lamenta que muitos outros países não agiram apesar dos numerosos pedidos de ajuda, apelando para que mais nações da região sigam o exemplo da Indonésia.