Em 2023, Angola deve fortalecer ainda mais a parceria com as Nações Unidas na área de paz e segurança regionais.
A informação foi dada à ONU News pelo ministro das Relações Exteriores do país africano, Téte António, que visitou as Nações Unidas, esta semana.
Plano de Luanda, RD Congo e República Centro-Africana
“A nossa visita a Nova Iorque foi primeiro para estreitar as nossas relações com as Nações Unidas, que são muito boas. Estou a falar de relações de trabalho, com o Sistema das Nações Unidas. E, por segundo, para falarmos também da complementariedade que a República de Angola tem levado a cabo no que diz respeito às iniciativas regionais. E que são, na verdade, também iniciativas que interessam às Nações Unidas. E, neste âmbito, nós tivemos um encontro com o número 1, o secretário-geral das Nações Unidas, a quem transmitimos as mensagens do Presidente da República, (João Lourenço) no que diz respeito aos processos que ele tem levado a cabo. Estou a falor do Processo de Luanda, no que diz respeito à RDC (República Democrática do Congo).”
Em novembro, o secretário-geral da ONU parabenizou a realização de um pequeno encontro de cúpula em Luanda, capital de Angola, com representantes de vários paíse africanos, e onde foi divulgado um comunicado prevendo a retirada de membros do grupo armado rebelde M23 de áreas ocupadas no leste da República Democrática do Congo, que é alvo de um conflito armado. O evento ficou conhecido como Processo de Nairóbi e Plano de Luanda.
Pacificação de grupos armados
O objetivo é fornecer apoio à operacionalização rápida do mecanismo de verificação ad-hoc criado pelo plano de Luanda e que continua a assistir o processo de paz de Nairóibi.
A atuação do M23 e outros grupos armados não estatais no leste da República Democrática do Congo tem tornado o local uma das mais violentas regiões do país causando uma crise humanitária e de segurança.
O chanceler de Angola, Téte António, lembrou a liderança do presidente angolano, João Lourenço, para as gestões de pacificação no leste da RD Congo, assim como na República Centro-Africana.
Moçambique assumirá assento no Conselho de Segurança
Angola ocupa, atualmente, a Presidência do Grupo de Países dos Grandes Lagos. Téte António também se encontrou com os embaixadores da China, da Rússia e da França, três dos cinco países com assentos permanentes no órgão.
A agenda do ministro incluiu uma visita de cortesia aos embaixadores do chamado A3: Gana, Gabão e Quênia, membros rotativos do Conselho de Segurança.
Em janeiro, o A3 passar a contar com Moçambique, que chegará ao órgão para um mandato de dois anos. O país de língua portuguesa ocupará o assento deixado pelo Quênia.