O Conselho de Segurança debateu, nesta segunda-feira, o lançamento de um míssil intercontinental pela Coreia do Norte. Na sexta-feira, o projétil caiu no mar do Japão.
Para a subsecretária-geral para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo, a união dos 15 Estados-membros é essencial, tanto como integrantes do órgão como de forma particular. Ela destacou que uma solução diplomática é o único caminho a seguir.
Península Coreana
O apelo feito às autoridades da Coreia do Norte é que se abstenham de realizar novos lançamentos usando tecnologia de mísseis balísticos ou então um sétimo teste nuclear. Na 10ª reunião do órgão deste ano sobre a situação na Península Coreana, a representante ressaltou que a Coreia do Norte segue ainda em direção errada.
DiCarlo relembrou o repúdio do secretário-geral ao lançamento do míssil Hwasong-17. Os norte-coreanos descreveram a arma de longo alcance como um novo tipo de míssil balístico intercontinental.
A distância atingida foi de 1.000 km e uma altitude de aproximadamente 6.100 km. DiCarlo ressaltou que o teste foi o primeiro bem-sucedido “do maior e mais poderoso míssil capaz de atingir toda a América do Norte”.
Para ela, trata-se da mais recente de uma série de atividades alarmantes relacionadas a programas de armas nucleares e mísseis balísticos, conduzidos pela Coreia do Norte este ano.
Tecnologia de mísseis balísticos
De mais de 60 lançamentos usando tecnologia de mísseis balísticos em 2022, dois deles envolveram os de médio alcance e três de alcance intercontinental.
DiCarlo enfatizou que o seguimento do programa de armas nucleares e o lançamento de mísseis balísticos violam de forma insolente as resoluções do Conselho de Segurança sobre o tema e levam a uma escalada significativa das tensões.
A chefe dos Assuntos Políticos frisou que é essencial que reduza o escalar de tensões e que os canais de comunicação sejam aprimorados, principalmente na área militar, baixando o risco de erros de cálculo.