Este 18 de dezembro é o Dia Internacional dos Migrantes. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembra que mais de 80% dos migrantes, pelo mundo, cruzam as fronteiras de formas segura e ordeira.
Mas nos últimos oito anos, pelo menos 51 mil pessoas perderam a vida, e milhares desapareceram enquanto tentavam chegar a países de destino.
Melhores oportunidades e uma vida digna
Guterres afirmou que a migração irregular, ao lado de rotas cada vez mais perigosas, continua a causar um preço terrível às pessoas. E muitas das mortes ocorrem com o envolvimento de traficantes de seres humanos.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, lembra que existem mais de 281 milhões de migrantes em todo mundo. Mulheres, crianças e homens que deixam seu país em busca de oportunidades, dignidade e liberdade e de uma vida melhor.
A ONU News conversou com o fotógrafo português, Mariano Silva, que contou ao correspondente Ouri Pota, em Maputo, como é ser migrante em Moçambique.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, a migração é um potente motor do crescimento econômico, do dinamismo e entendimento. Ele lembra que os direitos dos migrantes são direitos humanos e devem ser respeitados sem discriminação.
Já o chefe da OIM, António Vitorino, alerta sobre o perigo de se fazer dos migrantes uma espécie de “bode expiatório”.
Em mensagem de vídeo, Vitorino diz que não se pode permitir a politização da migração, nem um discurso de ódio, xenofobia, hostilidade contra migrantes. Para ele, é preciso resistir a tentativas de divisão e digressão dos valores que realmente importam.
Já o secretário-geral da ONU diz que é preciso fazer todo o possível para evitar a perda de vidas, como uma obrigação humanitária e legal.
E que os países têm que oferecer operações de busca, salvamento e cuidados médicos para os que correm risco de morte.
O líder das Nações Unidas acredita que não existe uma crise de migração, mas sim uma crise de solidariedade.