O pesadelo da família Kurth parece não ter fim. O assassinato de Ana Carolina Rocha Kurth, de 24 anos, dentro de um apartamento no Centro de Vitória, completa um mês nesta quinta-feira (15). O principal suspeito de ter cometido o crime é o namorado da jovem, Matheus Stein Pinheiro, também de 24 anos, segundo a Polícia Civil. Ele segue em prisão provisória desde o dia 17 de maio.
Letícia Rocha Kurth, irmã de Ana Carolina, conta, ainda muito abalada, que a família vive em um pesadelo constante desde o dia do crime. “É uma luta diária. Estou tentando ser forte pela minha mãe, pela minha tia, pela minha irmã, pelo meu pai, por toda a família. É muita dor… Muita dor. Eu ainda não consigo acreditar. Eu e minha família vivemos em constante pesadelo”, relata.
A família passou a fazer uso de remédios por conta de toda a situação. “Minha mãe estava com muita dor no peito essa semana. Fomos ao médico e agora ela está precisando de remédios para dormir. Ela está tendo muita crise. A minha irmã mais velha também vive a base de remédios. Eu ainda não consegui voltar a trabalhar. Não consegui voltar a minha vida normal. Está sendo muito difícil”, declarou Letícia.
“Ela apareceu para mim em um sonho”
Letícia disse que sonhou com Ana Carolina há poucos dias. “Acho que de tanto clamar e pedir a Deus, ela apareceu para mim em um sonho”, conta.
“Mas aí eu comecei a ter a consciência de tudo o que aconteceu e acordei. Aí veio aquele pesadelo, aquelas imagens, tudo voltando a tona”, relembra.
O crime
Ana Carolina foi assassinada no início da noite do dia 15 de maio, uma segunda-feira, em um apartamento localizado na Rua Gama Rosa, no Centro de Vitória. Ela era de Santa Maria de Jetibá, município da Região Serrana do Espírito Santo, e morava no imóvel onde aconteceu o crime com o namorado há cerca de 3 meses.
Vizinhos disseram para a Polícia Militar (PM) que ouviram gritos e pedidos de socorro por parte da vítima e, em seguida, viram o rapaz deixando o prédio pela porta da frente. Segundo consta no boletim de ocorrência da PM, os vizinhos arrombaram a porta do imóvel e encontraram o corpo de Ana Carolina.
“Naquele dia, o assassino da minha irmã tirou não só a vida dela, mas também um pedacinho da vida de cada um de nós. É uma dor que a gente sabe que vai ter que conviver para o resto de nossas vidas”, finaliza Letícia.
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