A Região 5 de Vila Velha, da qual fazem parte 13 bairros, tem enfrentado um agravamento da violência urbana nos últimos tempos. Os casos possuem ligação com a briga entre organizações criminosas rivais pelo domínio territorial e a venda de entorpecentes.
Duas facções rivais disputam hoje o domínio pela venda de drogas nesta região. Traficantes do Bairro da Penha, em Vitória, tem migrado para Terra Vermelha na busca de estabelecer o poderio criminoso. Com a prisão de lideranças pela polícia, as facções se desorganizam, abrindo espaço para o aumento dos confrontos.
“Investigações e a observação dos nossos policiais apontam que uma dissidência de uma organização criminosa do Espírito Santo que atua fortemente no local se separou dessa facção e está resistindo, concentrado em determinado bairro. Um número maior dessa organização tenta tomar aquele bairro (dominado pela dissidência) e encontra resistência”, explica o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Coronel Alexandre Ramalho.
A reportagem do Jornal MovNews foi até a Região 5 para ver como está a situação nos bairros e a opinião de moradores. Muros pichados com dizeres como “abaixe o farol”, “tcp 3” e “tire o capacete” identificam logo no início do bairro Ulisses Guimarães a intensa presença da criminalidade.
No último dia 22, um ciclista foi morto com mais de 20 tiros em uma rua bem próxima ao local, na Rua Jucelino Kubitscheck, no bairro São Conrado. Uma câmera de videomonitoramento registrou toda a ação. Este morador conta que a situação de insegurança tem preocupado quem mora nas proximidades.
“Está complicado para todos os moradores. Eu moro aqui há 30 anos. Perdemos o direito de ir e vir”, desabafa o comerciante.
Ele ainda reclama que a polícia de trânsito tem exigido que motoboys utilizem o capacete para entrar na região, o que não é seguro, já que criminosos da área obrigam a retirada do equipamento de segurança para acessar as ruas. Segundo o morador, fica o desconforto e o pedido por mais policiamento.
“A gente pede às autoridades que se mantenham no bairro e façam o patrulhamento diariamente para poder nos dar mais segurança para transitarmos, inclusive no horário das crianças irem para a escola”, pede o morador, que preferiu não se identificar.
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