quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Apple Watch alerta mulher com doença cardíaca grave

Sofrendo com epilepsia desde 2018 e sem muito sucesso com o tratamento, a britânica Elaine Thompson, 59, pode ter sido salva por um alerta feito pelo seu smartwatch.

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A mulher começou a usar o Apple Watch em fevereiro de 2022 por sugestão da filha — o objetivo era acompanhar as convulsões típicas da doença, mas o relógio acabou apontando outro problema sério de saúde.

Elaine recebeu uma notificação do aparelho alertando que ela estava com ritmo cardíaco irregular e deveria procurar um médico com urgência.

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A britânica foi ao especialista, fez uma série de exames, mas não foi constatado nenhum problema no coração. Para ter certeza, ela entrou na fila do sistema de saúde para usar um monitor cardíaco que registraria os batimentos durante um período de tempo.

O aparelho detectou que ela ficou sem batimento cardíaco por 19 segundos enquanto dormia. Elaine foi diagnosticada com bloqueio atrioventricular, um tipo de arritmia cardíaca grave que afeta a capacidade de bombeamento do coração por causa de um distúrbio na parte elétrica do órgão. Alguns dos principais sintomas são cansaço, enjoo e desmaio.

Os bloqueios cardíacos são classificados em uma escala de um a três e, em alguns casos, podem ser fatais. Elaine teme que “estivesse morta” caso o relógio não tivesse detectado a anormalidade.

O distúrbio pode ser desenvolvido durante a vida, mas alguns pacientes nascem com o problema. As causas mais comuns para o bloqueio são:

  • Fibrose idiopática e esclerose do sistema de condução (cerca de metade dos pacientes);
  • Doença cardíaca isquêmica;
  • Uso de alguns fármacos (betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, digoxina e amiodarona, por exemplo);
  • Tônus vagal aumentado;
  • Valvulopatia;
  • Doenças cardíacas congênitas, genéticas ou outras.

O diagnóstico para o bloqueio normalmente é realizado por eletrocardiograma (ECG). Os sintomas e o tratamento dependem do grau do problema — no caso de Elaine, foi necessário implementar um marca-passo para controlar os batimentos do coração.

“Os médicos disseram que eu precisava colocar o marca-passo, e já marcamos a cirurgia para o dia seguinte. Vou usar para o resto da vida, mas é um alívio saber que eu tentei descobrir qual era o problema — se não tivesse procurado um médico, poderia estar morta”, conta, em entrevista ao jornal The Sun.

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Redação
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Equipe de jornalismo

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