Estamos há alguns dias da COP30, mas até novembro chegar definitivamente, povos originários já se mobilizaram e continuam se mobilizando para que o Presidente Lula assine um decreto que demarque terras indígenas.
No dia 13 de outubro, “Indígenas levaram decreto gigante e ‘canetão inflável’ a Brasília para pedir que Lula demarque terras até a COP30”, de acordo com a matéria do G1, a demarcação seria de 104 territórios indígenas em 18 estados brasileiros. Esses territórios foram listados pela APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, na lista inclui:
- 37 áreas delimitadas – que já foram reconhecidas e aprovadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas que aguardam aval do Ministério da Justiça;
- 67 áreas declaradas – que já tiveram o desenho aprovado pelo Ministério da Justiça e puderam, inclusive, colocar marcos e placas no território (Fonte: G1).
Em resumo, a “canetada” de Lula poderia finalmente demarcar essas terras que já estão com meio caminho andado da demarcação. A pressão dos povos originários às vésperas da COP30 não é mera coincidência.
Além dos povos originários não serem “convidados” à mesa da COP30, evidenciando que o evento é mais um balcão de negócios para jogar com a crise climática no Brasil e no mundo, a demarcação dos territórios fica em segundo plano.
Por isso, nada mais justo que os povos originários cobrem a demarcação de territórios e cobrem participação na COP30, já que são os verdadeiros guardiões das florestas. O movimento que se mantém forte e mobilizando indígenas e não indígenas já tem nome claro e objetivo: A Resposta Somos Nós.
“A demarcação de Terras Indígenas é uma das ações mais eficazes, imediatas e de baixo custo que o Brasil pode adotar para enfrentar a crise climática. Apenas na Amazônia, entre 2001 e 2021, esses territórios absorveram cerca de 340 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, o equivalente às emissões anuais de combustíveis fósseis do Reino Unido. As Terras Indígenas já demarcadas da Amazônia apresentam índice de desmatamento baixíssimo, tendo perdido historicamente apenas 1,74% de sua vegetação original. Além de conservar a biodiversidade e o equilíbrio climático, demarcar reduz doenças respiratórias associadas à fumaça das queimadas, protege nascentes e fortalece a segurança jurídica e o modo de vida dos povos indígenas, que são os verdadeiros guardiões das florestas brasileiras” (Fonte: APIB)
Além da APIB, do MST e outros movimentos que pressionam o governo para participar das discussões sobre a crise climática, seguimos na luta para que quem realmente cuida da natureza seja ouvido(a) e participe das soluções que realmente combatam a crise climática. Não é com bilionários e acionistas que as enchentes e desmatamentos vão diminuir, até porque o foco destes é o lucro, não a vida. Se no mínimo você for pró-vida, estaria junto com os povos originários cobrando do Lula “Cumpra a promessa de demarcar as Terras Indígneas! Está faltando a caneta?”







