No mês de junho, uma operação ocorreu em áreas da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, focando no combate ao garimpo ilegal. A ação resultou na destruição de diversos equipamentos e estruturas utilizados pelas quadrilhas locais para exploração irregular.
De acordo com o balanço divulgado pela Casa de Governo de Roraima, foram neutralizados dois aviões, duas pistas de pouso clandestinas, 14 acampamentos ilegais, 67 barracos, 12 cozinhas, além de geradores, rádios, baterias, motores, mangueiras, cordas e uma embarcação.
Apreensões realizadas
A operação também apreendeu nove placas solares, 600 gramas de mercúrio, antenas de internet via satélite, uma arma de fogo e 118 munições de diversos calibres.
Operação Asfixia
Denominada Operação Asfixia, a missão mobilizou várias equipes, incluindo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Outras organizações como a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) também participaram.
Foram realizadas fiscalizações em áreas fluviais e estradas dentro da terra indígena. A base de operações foi montada na pista do garimpo do Rangel, de onde partiram ações aéreas, fluviais e terrestres. O Comando Conjunto Catrimani II continuou patrulhando o Rio Uraricoera, destruindo estruturas ilegais.
Estratégias de combate
As pistas clandestinas Mukuin e Noronha, cruciais para o garimpo, foram inutilizadas, e o Rio Couto Magalhães foi bloqueado para impedir o abastecimento fluvial dos invasores.
Drones ampliaram a vigilância, e barreiras policiais foram montadas em pontos críticos. Abordagens a veículos suspeitos revelaram transporte irregular de combustíveis.
A operação concluiu-se com o planejamento de novas fases de combate, destacando o uso de tecnologia para monitoramento e repressão financeira às redes criminosas. A Casa de Governo de Roraima busca consolidar a proteção da Terra Indígena Yanomami, evitando a reocupação por garimpeiros.
Gestão e coordenação
Instituída em fevereiro de 2024, a Casa de Governo coordena e monitora o Plano de Desintrusão e Enfrentamento da Crise Humanitária na Terra Indígena Yanomami, além de gerenciar crises e implementar políticas públicas na região.