A ausência no cumprimento do prazo de registro das notificações de casos da Covid-19 nos municípios capixabas foi pautada na 12ª reunião do ano com os gestores das cidades para tratar da ação da pandemia no Estado. A conversa entre os lideres das cidades capixabas aconteceu na manhã desta sexta-feira (21), com o secretário do Estado do Espírito Santo, Nésio Fernandes.
De acordo com o secretário, a partir da próxima semana será publicada uma nota técnica que deve comunicar ao Ministério Público Estadual (MPE/ES) as inconformidades municipais no prazo de 24h do registro de notificação no sistema oficial do Espírito Santo, a plataforma E-Sus/vs.
O secretário ainda afirmou em coletiva que, neste período de pandemia, a legislação brasileira é muito clara sobre os agravos que podem ser causados, caso as notificações compulsórias e imediatas não sejam alimentadas no sistema oficial do estado em até 24h.
“Depois de um ano de evolução da pandemia no estado, nós apostamos na transparência e na verdade da produção e divulgação dos dados para a população como uma força da estratégia capixaba de enfrentamento da pandemia, de fortalecimento das instituições e da confiança da população no sistema único de saúde. Nós não iremos tolerar qualquer tipo de artificio, demora ou não cumprimento do prazo de 24h para informar todas as notificações, diagnosticadas na atenção primária ou qualquer ponto de atenção em nosso estado”, afirmou.
Atrasos prejudicam o Mapa de Risco
Em coletiva, o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, explicou que a notificação dos casos compartilhados pelos municípios determina a construção do Mapa de Risco, métrica para entendimento de restrições ou liberações nos municípios capixabas de acordo com números da pandemia, e que se não for informada adequadamente uma cidade que passou para o risco alto pode permanecer registrada em risco baixo ou moderado, por conta da falta de atualização.
“O desenho do mapa é automático, a medida que a informação é alimentada vai construindo esses indicadores que dirão se o município é baixo, moderado, alto ou extremo. Portanto, se não alimentarmos corretamente corremos o risco de que uma situação do momento possa se tornar um risco maior do que efetivamente foi sugerido, tudo por causa da ausência de informação”, enfatizou.