Donald Tusk assumiu como primeiro-ministro da Polônia, encerrando o mandato de oito anos do governo nacionalista anterior. Sua posse marca uma mudança significativa, trazendo esperanças de uma relação mais estável com a União Europeia, após anos de tensões entre Varsóvia e Bruxelas.
Tusk, um líder centrista, prometeu garantir fundos da UE congelados devido a preocupações com o Estado de direito. No entanto, enfrenta desafios, incluindo juízes nomeados em reformas anteriores que minaram a independência judicial e o poder de veto do Presidente Andrzej Duda, aliado do governo anterior.
Apesar das diferenças políticas, Duda adotou um tom conciliatório, expressando abertura à cooperação. Tusk enfatizou o foco de seu governo na restauração do Estado de direito e na Constituição, responsabilizando parcialmente Duda pelas reformas que minaram a independência judicial.
O novo governo enfrenta desafios imediatos, incluindo decisões do Tribunal Constitucional sobre a reforma judicial e gastos de última hora que complicam as promessas de campanha. Tusk viajará para uma cúpula da UE em Bruxelas, onde defenderá o acesso aos fundos da Polônia e apoiará a candidatura da Ucrânia para se unir à UE, diante das crescentes preocupações em Kiev sobre o apoio ocidental à sua defesa contra a Rússia.