O ex-deputado estadual Sergio Majeski vai lançar sua pré-candidatura para prefeito de Vitória nos próximos dias. A questão é que não será pelo seu atual partido, o PSDB. Isso porque Majeski está mudando de sigla, uma vez que não viu a possibilidade de ser o candidato escolhido pelos tucanos.
O ex-parlamentar não informou qual será sua futura casa, mas afirmou que irá para um partido que lhe dê condições para disputar o pleito eleitoral de 2024 encabeçando uma chapa para o cargo de chefe do Executivo da capital. Sobre o campo ideológico deste partido, também não há pistas, mas Majeski garante não haver problemas quanto a isso.
“Às vezes você tem que ser pragmático e buscar um partido que te dê condições, mesmo que se tenha maior afinidade com outro. Quem acompanha o meu trabalho sabe que eu me dedico às causas da sociedade. Os partidos, na maioria das vezes, estão em busca da permanência no poder. O debate deve se dar em cima de projetos, mas não é o que temos visto no Brasil”, declarou.
O PSDB deve ter como pré-candidato o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas. Isso, segundo Majeski, é o principal motivo de sua saída da legenda.
“Nunca escondi de ninguém meu objetivo de ser candidato a prefeito. Mas no PSDB eu me senti sendo colocado para escanteio. Nem faço parte da (diretoria) executiva de Vitória. Fui o candidato do PSDB mais votado na capital no ano passado. Tenho respeito pelo Luiz Paulo, mas achei as manobras ruins, longe daquilo que era propor e discutir a cidade. E eu nunca fui chamado para conversar. Então, preciso de um lugar que me dê condições de ser candidato no ano que vem”, comentou o ex-deputado, que emendou a respeito do próximo passo:
“Estou conversando com um partido. Está praticamente certo, mas vou anunciar no momento oportuno. Até porque eu preciso ter a garantia de que eu vou poder disputar a eleição do ano que vem, ou não faria sentido mudar de partido”, explicou sem mencionar o nome da sigla.
Em 2020, Sergio Majeski era especulado para ser um dos candidatos à prefeitura de Vitória. À época pelo PSB, o então deputado estadual aparecia em algumas pesquisas sempre entre o primeiro e o segundo lugar. Porém, o partido do governador, Renato Casagrande, não escolheu Majeski como seu nome na disputa.
“Obviamente eu não fiquei satisfeito com a manobra feita dentro do PSB naquele momento. Mas eu não podia deixar o partido naquele momento, pois estava no meio do mandato. Juridicamente eu não poderia sair, embora não houvesse objeção a isso”, lembrou Majeski.
Os pré-candidatos confirmados para as eleições de 2024, em Vitória, até o momento são Capitão Assumção (PL), Camila Valadão (PSOL) e João Coser (PT). Nas próximas semanas, Luiz Paulo deve ser confirmado pela federação Cidadania-PSDB, bem como Sergio Majeski por sua nova legenda. Além deles, o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos) deve confirmar sua pré-candidatura à reeleição.
Com os prováveis adversários colocados, Majeski acredita que é possível fazer um bom debate sobre as necessidades da capital capixaba.
“Hoje eu busco pensar os problemas de Vitória e discutir esses problemas. Acredito que pode ser um bom debate. E acredito que cabe à população analisar a proposta de cada um, suas motivações para se candidatar e a carreira de cada um”, avaliou.
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