No último dia 19 de abril, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) votou um projeto de resolução que concede aos deputados estaduais um tíquete-alimentação no valor de R$ 1.800. O tíquete pode ser solicitado pelos parlamentares quando os mesmos quiserem.
O projeto gerou muita polêmica, especialmente porque alguns deputados disseram que eram contrários e foram surpreendidos com a pauta. A deputada Camila Valadão (Psol) esteve nesta quarta-feira (3) nos estúdios do MovNews e afirmou que não assinou nenhum projeto de resolução sobre tíquete-alimentação.
“Eu sempre disse que tinha um posicionamento contrário ao tíquete-alimentação. Nós fomos surpreendidos em uma sessão de quarta-feira. E por que estou dizendo isso? Porque é uma sessão onde vários deputados participam de forma híbrida. O que estava na pauta era a criação da Comissão Permanente de Bem-Estar Animal, tema que tem nosso apoio”, disse Camila.
A parlamentar ressaltou que ela não votou um projeto sem ler. “Não li porque não tinha um projeto apresentado, escrito acerca desse tema. Não percebemos essa emenda quando estava sendo aprovada”, declarou.
Camila Valadão ainda comentou que não vai pedir o tíquete, uma vez que é facultativo. “Não vou requerer esse benefício até porque somos contrários, eu e o meu partido, tanto ao benefício como à forma como foi votado na Assembleia”, finalizou.
Confira no vídeo um trecho da entrevista com a deputada estadual.
https://www.youtube.com/watch?v=MjL8OQwhzSE&t=1369s
Projeto polêmico vetado
No dia 12 de abril deste ano, a Ales aprovou o Projeto de Lei (PL) 184/2023 que estabelece o sexo biológico como critério para participação de competições esportivas, proibindo a atuação de atletas transgêneros nas equipes. A proposta, que tem como autor o deputado estadual Capitão Assumção (PL) foi vetada pelo governador, Renato Casagrande (PSB), sob a alegação de inconstitucionalidade.
O projeto precisa retornar para a Casa de Leis para que os deputados avaliem se vão manter o veto do governo ou se derrubam o mesmo. Camila Valadão afirmou que, caso o veto seja derrubado, irá entrar na Justiça.
“Se a Assembleia derrubar o veto, vamos acionar a Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) que esse projeto não vire lei”, ressaltou.
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