Em um áudio que circula em grupos bolsonaristas, ao qual o Metrópoles teve acesso, uma participante dos atos terroristas que destruíram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, chama atenção dos companheiros e pede que parem de hostilizar o Exército Brasileiro.
Conforme relatado pela mulher, o órgão, vinculado ao Poder Executivo, teria dado assistência aos criminosos durante e após o quebra-quebra ocorrido no domingo (8/1).
Segundo a bolsonarista, que não se identifica na mensagem, o Exército teria “protegido e abrigado” os extremistas no Quartel-General e os “avisado” sobre a chegada da polícia.
“Não falem do Exército. Vocês não viveram o que a gente viveu. Se não fosse por eles, eu não sei o que teria acontecido com o povo. Os comandantes de Brasília foram presos porque eles acoitaram o povo”, começou a mulher.
“A gente saiu da Esplanada e não tínhamos para onde ir. O Lula decretou intervenção federal, e os policiais foram tudo para a porta. Era viatura que não acabava mais. Eles iam massacrar o povo, e quem não deixou que fôssemos massacrados foram os comandantes, que agora estão presos. Eles foram presos porque não acataram a ordem do Lula. Então, não falem do Exército”, declarou.
Em certo momento, a extremista diz que o Exército está “ao lado do povo” e que, por isso, deu “cobertura” para que os terroristas escapassem da polícia. “O Exército deixou a gente ficar lá [Quartel General] e depois nos avisou a hora de sair”, pontuou.
“A maioria que foi preso é porque foi teimoso, esperou e não acatou a ordem. Foi o Exército que nos falou ‘sai, vai embora. Agora é a hora’”, descreveu a bolsonarista.
Segundo ela, o órgão vinculado ao Executivo teria avisado os vândalos sobre a chegada da polícia ao QG, às 6h da segunda-feira (9/1).
“Avisaram a gente. Quem ficou lá preocupado com barraca foi preso. A gente largou tudo. Eu não tinha barraca porque fui dois dias apenas. Quem largou tudo conseguiu sair da cidade. Portanto, sem o Exército, todo mundo teria ficado no local. Então, parem de ficar metendo o pau no Exército. Eles são a nossa única esperança”, finalizou.