O brasileiro Filipe Toledo nem tomou conhecimento do australiano Ethan Ewing e levou a etapa Jeffrey’s Bay, na África do Sul. A final entre o brazuca e o atleta da Austrália aconteceu nesta quarta-feira (19).
Logo na primeira onda, Toledo marcou um 8.83. Na segunda, quebrou tudo e quase levou um 10. Apenas um juiz não deu a pontuação máxima e Filipinho levou um 9.93. Com isso o australiano precisava de uma combinação de notas. Até tentou, mas em vão. O placar final foi 18.76 a 12.60. O atual campeão mundial atropelou seu oponente e levou para casa a terceira taça conquistada em Jeffrey’s.
Derrotado por Yago Dora, na decisão da etapa de Saquarema, Ethan amarga seu segundo vice. Logo após levar a etapa, em entrevista para WSL, empresa dona do circuito, Toledo disse sempre se sentiu em casa, na etapa de Jeffrey’s.
“Adoro essa vibe de J-Bay. Voltar aqui depois da lesão no Rio foi muito desafiante e motivador. Só tenho a agradecer à minha comissão técnica por ter dado todo o suporte para eu voltar bem”, contou o campeão.
Campeão em J-Bay em 2017 e 2018, Filipe agora soma 54,980 pontos no ranking e 15 vitórias desde que estreou no Circuito Mundial da WSL em 2013. Filipe continua com a lycra amarela, (camisa utilizada por quem é líder do ranking).
No evento feminino, o título ficou com a americana Lakey Peterson. A próxima etapa acontece de 11 a 20 de agosto, no Taiti. Esta será a última parada antes do WSL Finals, em setembro, na Califórnia. Apenas os cinco primeiros colocados participam da competição decisiva.
Toledo se classifica para Olimpíadas
Com o título desta etapa, Filipinho garantiu vaga nos jogos olímpicos que acontecem em 2024, em Paris, na França. A vaga será posteriormente confirmada pela Associação Internacional de Surfe (ISA). Vai ser a estreia de Toledo nos jogos olímpicos, já que ficou de fora da ultima edição.
Três brasileiros ainda brigam para estar entre os cinco finalistas e pela segunda vaga Olímpica via temporada de 2023 do Championship Tour (CT): João Chianca, Yago Dora e Gabriel Medina.
Arleson Schneider é jornalista desde 2007, nascido e criado na periferia de Vitória. Formado também em contrabaixo, é amante de música e de livros.
