Mais um caso isolado de racismo com o Vini Jr. marcou o final de semana e gerou revolta no mundo inteiro. Essa foi a nona vez em que o jogador brasileiro sofreu com injúrias raciais durante uma partida da La Liga.
Vini sempre agiu de forma calma, mas chega uma hora que basta. A explosão e fúria que ele sentiu é um grito de revolta que vem se acumulando a cada grito de “mono” (macaco, em espanhol) que ele escuta jogo após jogo. O choro é de quem não aguenta mais.
Mas até quando? Até quando vão ignorar o que acontece com ele, toda perseguição por parte das torcidas adversárias e também por parte da arbitragem. Só nesta temporada foram 15 cartões, sendo 14 amarelos e 1 vermelho, na partida de ontem, contra o Valencia. Dos 15, 14 (!) foram na La Liga.
O problema não fica somente dentro do estádio, já que o presidente da liga, Javier Tebas, optou por atacar o jogador nas redes sociais logo após o ocorrido. A omissão gera revolta e entristece qualquer um que ama o esporte e tem o mínimo de senso e empatia. Racismo não é brincadeira, é CRIME! Não basta não ser racista, mas é preciso ser ANTIRRACISTA.
Pelas redes sociais, o jogador se manifestou em uma carta aberta:
“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista.
Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui.”
Estamos contigo, Vini.