sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Brasil tem 64 parques tecnológicos e agora enfrenta o desafio da interiorização

Peças fundamentais no fomento à inovação, os parques tecnológicos do Brasil desempenham um papel crucial na junção de universidades e empresas, contando com o apoio governamental para transformar ideias em produtos e serviços inovadores. Este mês, celebramos 40 anos da criação dos parques tecnológicos de São Carlos, em São Paulo, e Campina Grande, na Paraíba, que ainda permanecem ativos.

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Desde a sua criação, o Brasil expandiu significativamente esse ecossistema de inovação, com dados da plataforma InovaData, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), indicando que atualmente existem 64 parques tecnológicos operacionais no país. Além disso, há 29 parques em fase de implantação e oito em planejamento.

Sheila Pires, diretora de Apoio aos Ecossistemas de Inovação do MCTI, destaca a relevância desses parques para o desenvolvimento nacional nas áreas de ciência e tecnologia, transição energética e bioeconomia. Ela enfatiza a importância de transformar esses ambientes em protagonistas em busca de um Brasil mais sustentável e reconhecido por sua inovação: “Estamos buscando maior sustentabilidade, desenvolvimento e inclusão”, afirma Sheila.

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Apesar dos avanços, a interiorização dos parques tecnológicos ainda é um desafio a ser enfrentado. Atualmente, a maioria dos 64 parques está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, muitas vezes em áreas metropolitanas. Na região Norte, por exemplo, existe apenas um parque, o PCT-Guamá, localizado no Pará. Sheila ressalta que há um enorme potencial para o crescimento desses ecossistemas em regiões menos desenvolvidas.

Adriana Ferreira de Faria, presidente da Anprotec, salienta que as cerca de 3 mil empresas inseridas nos parques tecnológicos têm um forte impacto econômico local e nacional, com um faturamento em torno de R$ 15 bilhões e a geração de mais de 75 mil empregos em um ano. “Os investimentos públicos voltados para apoiar esses ambientes, que somam cerca de R$ 7 bilhões, mostram a importância desses parques para o desenvolvimento do Brasil”, destaca.

A história dos parques tecnológicos no Brasil data de 1984, impulsionada pela necessidade de conectar centros de pesquisa ao setor empresarial. Essa ideia foi inspirada por experiências internacionais, especialmente nos Estados Unidos, que já haviam estabelecido sistemas de transferência de tecnologia. A criação do primeiro programa nacional de parques tecnológicos foi um marco na promoção da inovação no país.

Embora os parques tenham se tornado um fenômeno nas décadas seguintes, ainda há um longo caminho a percorrer em termos de desenvolvimento e distribuição geográfica. Muitos desses parques ainda são jovens, e espera-se que, à medida que amadureçam, possam gerar impactos ainda mais significativos.

Por fim, o Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT), criado em 2006, é um exemplo de que a inovação está em constante evolução. A região abriga empresas de alta tecnologia e instituições acadêmicas que colaboram para criar um ambiente propício à inovação. Para a gerente de marketing da Tria Software, Angela Moura, a convivência com outras empresas de tecnologia no PIT é fundamental para seu desenvolvimento.

Os parques tecnológicos surgem, assim, não apenas como espaços físicos, mas como centros dinâmicos de inovação, capazes de transformar a economia brasileira e ampliar oportunidades em diversas regiões do país.

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