A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (15), 23 mandados de de busca e apreensão e quatro mandados de prisão em Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim, contra pessoas ligadas a atos antidemocráticos em todo o País.
Além do Espírito Santo, as diligências acontecem em outros seis Estados: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina e Distrito Federal.
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre atos antidemocráticos que contestam o resultado das eleições. Investigadores consideram que se trata da maior ofensiva já realizada conta os financiadores dos atos antidemocráticos.
A assessoria de comunicação da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo emitiu a seguinte nota:
“A Polícia Federal no Espírito Santo informa que, na data de hoje, cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e outras determinações de medidas diversas (nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim) determinadas pelo Exmo. Sr. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Morais, nos autos do Inquérito 4.781/DF, em atendimento à representação da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Espírito Santo (PGJ/ES).”
A operação acontece três dias após bolsonaristas tentarem invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, além de atearem fogo a carros e ônibus na capital federal.
Moraes determinou o cumprimento de mais de 80 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações antidemocráticas, incluindo bloqueios de rodovias e concentrações em frente a quartéis, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última eleição presidencial.
Desde a derrota eleitoral de Bolsonaro no 2º turno, no dia 30 de outubro, apoiadores do presidente têm bloqueado estradas e realizado acampamentos em frente a quartéis do Exército no país, incluindo o 38º Batalhão de Infantaria, na Prainha, Vila Velha.
Os manifestantes defendem pautas antidemocráticas, como uma intervenção federal por parte das Forças Armadas (ou seja, um golpe de Estado) a fim de impedir a posse do presidente eleito, marcada para 1º de janeiro.
Na última terça-feira (13), dia da cerimônia de diplomação de Lula, no TSE, apoiadores do atual presidente promoveram atos de depredação de patrimônio público e privado, incluindo ônibus incendiados, nas ruas de Brasília.