quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Ipea promove debate sobre ODS 18 e um futuro racialmente justo

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) organizou, em 3 de outubro, o evento “Agenda 2030 e ODS 18: Construindo Futuros Racialmente Justos e Inclusivos”. A atividade contou com a presença de pesquisadores, ativistas, jornalistas e representantes do movimento negro, com o objetivo de discutir a implementação do novo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) voltado para a igualdade étnico-racial, que foi sugerido pelo Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU).

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ODS 18 e seus impactos sociais

Durante a mesa de abertura, Luciana Mendes Santos Servo, presidenta do Ipea, ressaltou a importância do ODS 18 para o potencial da população brasileira. “Enfrentar essas questões inclui fazer valer as legislações e implementar os programas que já estão desenhados para enfrentar o racismo”, afirmou.

Lançada pela ONU em 2015, a Agenda 2030 compreende 17 ODS, que visam um desenvolvimento sustentável considerando aspectos econômicos, sociais e ambientais. O ODS 18, que foca na igualdade étnico-racial, foi oficializado durante o G20 Social, realizado no Rio de Janeiro.

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Desafios econômicos relacionados ao racismo

No evento, discutiu-se também a perda potencial do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil devido ao racismo. Participantes destacaram a necessidade de uma atuação governamental forte e qualificada para evitar que essa questão se solidifique no país.

Ester de Sena Carneiro, assessora de clima e racismo ambiental do Geledés, Instituto da Mulher Negra, enfatizou que, para o Brasil avançar em seu desenvolvimento, é crucial investir na melhoria econômica das populações afrodescendentes, garantindo acesso a melhores oportunidades de trabalho e empreendedorismo.

A professora Joice Souza Soares, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), afirmou que uma melhor mensuração do problema é fundamental para a efetiva cidadania. Ela destacou que conhecer as características dos territórios é essencial para a formulação de políticas públicas que atendam às necessidades locais.

Tatiana Dias Silva, diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Senapir/MIR), enfatizou a importância da integração de ações voltadas para a população negra. “Políticas de igualdade racial são todas as políticas”, afirmou, ao destacar que a abordagem deve incluir diversas áreas como economia, educação e saúde.

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Equipe de jornalismo

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