Um novo estudo mostrou que palavras cruzadas são mais eficientes do que jogos de computador para melhorar o funcionamento da memória. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Columbia em parceria com a Universidade Duke (EUA), contou com a participação de 107 idosos com comprometimento cognitivo leve, condição associada ao alto risco de demência e doença de Alzheimer.
Os pesquisadores distribuíram os participantes em dois grupos diferentes para treinamento intensivo por 12 semanas, seguido de sessões de reforço por até 78 semanas. O primeiro grupo praticou palavras cruzadas durante o período, enquanto o outro se dedicou a jogos computadorizados voltados para a melhora da cognição. Ambas os experimentos foram realizados por meio de uma plataforma de monitoramento.
As principais conclusões do levantamento foram:
As palavras cruzadas foram superiores aos jogos de computador ao medir o resultado cognitivo tanto em 12 quanto em 78 semanas;
As palavras cruzadas foram mais benéficas para os participantes em um estágio posterior do comprometimento cognitivo, mas ambas as formas de treinamento foram igualmente eficazes em fases iniciais da doença;
O encolhimento do cérebro, medido com ressonância magnética, foi menor em quem fez palavras cruzadas por 78 semanas.
Além disso, o estudo destaca a importância do engajamento. Com base no monitoramento, os cientistas observaram que os participantes em estágios posteriores de doença tendem a se envolver melhor com as palavras cruzadas, por serem mais familiares, do que com os jogos de computador.
Os autores, conduto, enfatizam a necessidade de replicação da pesquisa com outros grupos de pessoas.