“O Espírito Santo vive a 5ª onda da Covid-19”. A afirmação é do secretário de Saúde, Nésio Fernandes, dada na entrevista coletiva ao lado do subsecretário Luiz Carlos Reblin no canal do YouTube da Sesa, nesta segunda-feira (06). Apesar do aumento de casos no Estado, não há pressão na busca por leitos na rede hospitalar e o uso de máscaras continua não sendo obrigatório, mas é recomendado.
Os casos confirmados estavam dobrando a cada 14 dias. Na última semana, esse número dobrou em apenas sete. A positividade saiu de menos de 10% para 19%. Apesar do aumento, não foi verificado impacto significativo na solicitação de leitos de UTI e enfermaria.
O secretário ainda afirmou que o Estado possui um panorama perigoso. “Temos um cenário de risco. Neste momento, é exigido uma atenção redobrada nos cuidados individuais, principalmente no esquema vacinal”, reforçou Nésio Fernandes.
No entanto, o uso das máscaras segue não obrigatório, mas é recomendado veementemente. “Recomendamos o uso de máscara em locais fechados e transporte coletivo e pedimos para que não subestimem sintomas leves. Nós não tornaremos obrigatório o uso de máscara neste momento, mas seguimos recomendando”, pontuou o secretário.
Secretário defende a 4ª dose
“A quarta dose da vacina está recomendada a partir dos 50 anos de idade e entendemos que ela deve se estender à toda a população adulta pelo SUS. Entendemos que esse debate deve ocupar espaço com a comunidade científica e com o Ministério da Saúde nas próximas semanas”, disse Nésio Fernandes
Os municípios estão se preparando para começar a aplicar a 4ª dose para público 50+.
“A partir de hoje, os municípios já estão se organizando ou até aplicando a segunda dose de reforço na população acima de 50 anos e nos trabalhadores de saúde. Nós temos estoque tanto a nível regional, quanto municipal. O Ministério da Saúde continua abastecendo e nesta semana ainda há a remessa de cerca de 100 mil doses para o Estado”, afirmou o subsecretário Luiz Carlos Reblin.
Outros pontos da coletiva
- ES quer 90% da população com esquema vacinal completo até fim de agosto
“1,5 milhão de capixabas encontram-se com a segunda dose ou a terceira dose em atraso. Isso representa que poderíamos ter um comportamento muito mais satisfatório se a cobertura estivesse em 90%. Estamos com a meta de alcançar essa marca até final de agosto. Devemos incrementar campanhas de vacinação e fazer mutirão em municípios”, ressaltou o secretário.
- Pessoas mortas com esquema vacinal incompleto
“De acordo com dados parciais de abril e maio, 71% dos óbitos ocorreram em pessoas idosas. Do total de óbitos, 92% aconteceram em pessoas com esquema vacinal em atraso ou não vacinadas. Temos um único óbito em um idoso que recebeu a quarta dose, mas os primeiros sintomas aconteceram durante os 14 dias após o segundo reforço”, disse Nésio Fernandes.
- Crescente nos casos
“O ritmo da vacinação com a terceira dose ou primeiro reforço não alcançou o nível para impedir uma nova pressão no sistema de saúde. Nós acreditamos que essa expansão deve acompanhar todo o mês de junho e ter um comportamento de queda em julho. Podemos observar algum crescimento nas internações e óbitos”, alerta o secretário.