Sabe aquele tipo de livro que faz você se sentir acolhida, como se estivesse em casa, no meio de risadas com amigos e família? Foi exatamente isso que eu senti lendo Coronel Mostarda com o Castiçal na Biblioteca. Essa história, que tem cara de filme de sessão da tarde, me prendeu do começo ao fim e me deixou com um sorriso bobo no rosto quando terminei. Para ser bem sincera, acho impossível não gostar desse livro, porque ele é fofo, leve e — principalmente — “bem brasileiro”. Vou te contar um pouquinho por que ele me marcou tanto.
A primeira coisa que preciso elogiar aqui é o clichê friends to lovers. Vamos combinar? Quem não ama acompanhar a jornada de dois amigos que, aos poucos, percebem que existe algo a mais? É nesse cenário que conhecemos Davi e Vi, dois amigos de longa data com aquela amizade cheia de camadas e flashbacks. Acho que foram esses flashbacks que mais me conquistaram. Eles vão costurando a narrativa de um jeito tão natural que, quando você percebe, já entendeu todo o contexto sobre como eles se conheceram e o que faz essa amizade ser tão especial. É gratificante ver como o passado e o presente se conectam, dando ainda mais peso para os momentos entre eles.
Agora, uma das coisas que mais me fez apaixonar pelo Coronel Mostarda foi como ele honra ser 100% brasileiro. A história se passa no Brasil mesmo, com direito a sítio da família do Davi e tudo! É impossível não se sentir em casa, especialmente com detalhes tão familiares como a turma jogando um jogo de tabuleiro velho e gasto (quem nunca, né?), o churrasco com pagode tocando ao fundo e as interações tão típicas entre amigos e familiares. Achei maravilhoso como a autora conseguiu transformar cenas aparentemente simples em momentos tão cheios de vida e emoção.
E tem mais: o livro é cheio de pequenos mistérios que vão se revelando conforme você avança na leitura. Para começar, fiquei super curiosa para entender o motivo do título. Afinal, por que “Coronel Mostarda com o Castiçal na Biblioteca e o que tem a ver essa biblioteca? No começo, nada disso parece fazer sentido, mas, juro, quando tudo se encaixa no final, você solta aquele “Ahhhh, então era isso!” e se sente completamente satisfeita.
Ah, e já que estamos falando de detalhes que fazem a magia do livro, preciso comentar sobre o Pirulito de Coração. Descobrir o que ele significa foi uma das coisas que mais gostei, porque parece uma coisinha tão simples, mas no livro ele é super importante e carrega um peso emocional gigantesco. Fiquei encantada com como essas pequenas pistas tornam a leitura mais envolvente, como se você fizesse parte daquela história. É o tipo de narrativa que te faz mergulhar, sabe?
Outro aspecto que adorei foi a dinâmica dos irmãos gêmeos, Vini e Vi. Eles são diferentes em tudo, mas ao mesmo tempo tão conectados que as interações entre eles são um prato cheio para boas risadas. É aquela relação real que a gente reconhece instantaneamente: irritam-se, implicam um com o outro, mas no fundo têm uma relação cheia de afeto e cumplicidade.
Por fim, acho que o que torna Coronel Mostarda na Biblioteca tão especial é a união entre amizade, família e amor. Davi e Vi não são só melhores amigos; eles têm aquele vínculo forte que vai além da amizade e envolve as famílias de ambos, sempre presentes. Eu amei acompanhar viagens para o sítio, conversas ao redor da mesa e esse senso de união que fica claro o tempo todo. O livro me lembrou como é especial estar cercada de pessoas que se importam de verdade com você.
Se você está procurando um livro para ler rapidinho, com uma história gostosa e que te deixa com o coração quentinho, não pode deixar de conferir Coronel Mostarda com o Castiçal na Biblioteca. É uma leitura que não exige esforço, mas que, ao mesmo tempo, entrega personagens reais, risadas garantidas e até um tiquinho de mistério. E o melhor? Tudo isso com um toque de brasilidade, que faz você se reconhecer nas páginas e sentir aquela nostalgia boa.