O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), começou a preparar o terreno para disputar a reeleição no ano que vem. Basta ver os movimentos que vem fazendo com mudanças de secretários, busca pelo apoio de outros partidos e ações para mostrar à população que ele está na ativa.
Nas últimas semanas, Pazolini mexeu no tabuleiro das secretarias para “ficar de bem” com sua base. A troca de comando da Secretaria de Esportes foi um movimento desejado por vereadores da cidade. Além disso, também coloca o Republicanos em sua gestão. Vale ressaltar que havia especulação de que Pazolini poderia deixar o partido e, de quebra, atenderia a um pedido do deputado federal Amaro Neto.
Outra secretaria, neste caso a de Cultura, foi oferecida ao Progressistas (PP), por meio de um convite ao vereador da legenda Anderson Goggi. O convite não chegou a ser aceito, mas a parceria entre PP e Republicanos já causou alvoroço pelos lados do Palácio Anchieta, que se prepara para o desembarque do Progressistas do governo.
No último sábado (27), a prefeitura de Vitória lançou o programa “Vix + Cidadania”, que promete a erradicação da extrema pobreza na capital capixaba. Embora tenha um caráter de urgência, dadas as condições de muitas famílias que vivem em situações paupérrimas na cidade, não dá para negar que é uma proposta que pode garantir muitos votos ao atual chefe do Executivo local.
A base de Pazolini ainda pode ser reforçada pelo PL, que também já tem conversas com o Republicanos, além de uma eventual adesão do MDB. Este último segue sem ter um presidente estadual, já que Rose de Freitas, que voltou para Brasília para ser assessora parlamentar do Senado, está em um mandato tampão que termina no próximo mês e que não deve ser renovado.
Nos bastidores, o que se diz é que Marcelo Santos (Podemos) poderia voltar à sigla, com apoio do presidente do PP, deputado federal Da Vitória, para assumir o comando emedebista. A ideia, dizem alguns especuladores, é que se forme um grande bloco com a indicação de vários nomes para prefeituras e câmaras em todo o Estado. E é a formação deste bloco que pode respingar nos planos do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos).
Ponha as barbas de molho, Arnaldinho
Uma das forças que compõe o governo de Renato Casagrande (PSB) pode entrar na disputa da prefeitura canela-verde. O secretário de Estado de Segurança Pública, Coronel Alexandre Ramalho, é cotado nos bastidores para concorrer em Vila Velha contra Arnaldinho. No entanto, isso implicaria na saída de Ramalho do Podemos, partido do atual chefe do Executivo vilavelhense.
Há quem diga que as aparições de Ramalho em vídeos de ações das polícias Militar e Civil não são meramente para mostrar que o Estado está agindo contra o crime organizado. Segundo fontes, o secretário teria ambição de disputar a prefeitura de Vila Velha. Com isso, o “blocão” que pode se formar para apoiar Pazolini em Vitória, estaria se movimentando para levar o Coronel Ramalho para dentro do grupo, o que poderia representar mais um marinheiro pulando do barco de Casagrande.
O governador já estaria em uma sinuca de bico na capital, com as prováveis candidaturas de João Coser (PT) e um nome da federação PSDB-Cidadania, já que ambos estão na base do governo.
Arnaldinho tem boa relação com Casagrande, diferente de Pazolini, mas teria que enfrentar um aliado do governador. Isso faria com que o chefe do Executivo do Estado entrasse em mais uma sinuca. Apoiar o atual prefeito contra seu secretário, ou apoiar Ramalho e ficar do lado do bloco desertor de sua base.
Resta ver como Casagrande irá reagir às movimentações para 2024.
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