Operações realizadas em 40 países e territórios, inclusive no Brasil, resultaram na recuperação de US$ 342 milhões.
Apesar da maior sofisticação, rastrear os responsáveis é possível: uma grande operação coordenada pela Interpol em 40 países e territórios recuperou US$ 342 milhões (cerca de R$ 1,8 trilhão), além de outros US$ 97 milhões (mais de R$ 515 milhões) em ativos físicos e digitais.
Sete tipos de crimes financeiros cibernéticos foram alvo das investigações
- A Operação HAECHI VI concentrou esforços no combate a sete categorias de crimes financeiros de natureza cibernética.
- As modalidades investigadas incluíram phishing por voz, golpes românticos, sextorsão online, fraudes em investimentos, lavagem de dinheiro vinculada a jogos de azar online ilegais, comprometimento de e-mail comercial e fraudes no comércio eletrônico.
- As equipes identificaram e interromperam fraudes virtuais e operações de branqueamento, bloqueando mais de 68 mil contas bancárias vinculadas aos grupos criminosos.
- Também foram congeladas cerca de 400 carteiras de criptomoedas.
- Os detalhes da operação foram compartilhados pela própria Interpol.

Ações ocorreram também no Brasil e em outros países
Em Portugal, foi desarticulada uma rede formada por diversos grupos interligados que desviavam recursos destinados ao apoio de famílias carentes. 45 suspeitos foram detidos por acessar indevidamente contas de previdência social e alterar dados bancários, resultando no furto de 228 mil euros (aproximadamente R$ 1,4 milhão) de 531 vítimas.
Na Tailândia, as autoridades recuperaram US$ 6,6 milhões (cerca de R$ 35 milhões) em bens subtraídos, a maior recuperação registrada em um único processo no país até agora. Os golpistas atuavam por meio do comprometimento de e-mails comerciais e conseguiram induzir uma grande corporação japonesa a transferir recursos para um parceiro comercial fictício com sede em Bangkok.

No Brasil, as ações também atingiram grupos envolvidos em fraudes bancárias, com a desarticulação de uma quadrilha. A Interpol não divulgou detalhes adicionais sobre a operação realizada no país.
Muita gente presume que recursos perdidos em fraudes são irrecuperáveis. Os resultados da HAECHI mostram que é possível reaver valores e constituem um exemplo claro de como a cooperação internacional pode proteger comunidades e resguardar os sistemas financeiros.
Theos Badege, diretor do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção da Interpol








