4 de dezembro de 2025
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Rio sedia 1.ª Cúpula Popular dos BRICS para debater o Sul Global

Teve início nesta segunda-feira (1º), no Armazém da Utopia, no centro do Rio de Janeiro, a 1ª Cúpula Popular do Brics, encontro concebido para integrar movimentos sociais ao bloco que reúne 11 países emergentes. A proposta é articular a participação da sociedade civil na formulação de propostas destinadas à cooperação do Sul Global.

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Temas em debate

No decorrer do evento serão abordados assuntos como cooperação econômica e multilateralismo, a construção de uma ordem multipolar, a reconfiguração da geopolítica internacional, os desafios da governança global, o papel do próprio Brics e a diminuição da dependência dos países emergentes em relação ao dólar americano nas transações internacionais e na formação de reservas.

O Conselho Civil Popular do Brics foi instituído em 2024, durante a Cúpula do Brics em Kazan, na Rússia, com a finalidade de fomentar o diálogo entre atores da sociedade civil e os governos dos países do grupo.

“O conselho representa um avanço na consolidação da participação da sociedade organizada nas deliberações do bloco e busca assegurar espaço para movimentos populares, estudantes, docentes e ONGs nas pautas estratégicas do agrupamento”, dizem os organizadores.

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Trata-se do último grande evento do Brics com o Brasil na presidência do agrupamento, antes da transferência da liderança para a Índia no próximo ano.

Em vídeo enviado para a abertura, a ex-presidenta do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, Dilma Rousseff, afirmou que a primeira cúpula consagra a presença organizada da sociedade civil na construção da cooperação do Sul Global.

“Pela primeira vez, os povos dos países do Brics contam com um canal contínuo de diálogo com os governos e as instâncias decisórias do agrupamento”, declarou Dilma Rousseff.

Encaminhamentos do conselho

João Pedro Stedile, integrante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e membro do Conselho Civil dos Brics no Brasil, afirmou que a cúpula servirá para formalizar o funcionamento permanente do conselho e definir um modus operandi a ser repassado ao novo mandato na Índia no ano seguinte.

“Os governos reconhecem que, sem a mobilização da sociedade civil, certas pautas não têm solução, como a proteção do meio ambiente e a construção de moradia popular. Serão debatidas questões da geopolítica global, mas também prioridades que a sociedade organizada pode contribuir para solucionar”, disse Stedile.

Os países integrantes do bloco lideram a produção de grãos, carnes, fertilizantes e fibras, respondendo por cerca de 70% da produção agrícola mundial. “Além disso, concentram mais da metade da agricultura familiar no planeta, responsável por aproximadamente 80% do valor da produção global de alimentos. Essa posição estratégica atribui ao bloco uma responsabilidade acrescida na construção de sistemas alimentares sustentáveis e justos, pautas que o Conselho Popular do Brics busca incorporar nas discussões”, afirmam os organizadores.

Fonte: Agência Brasil

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