Os preços ao consumidor na China estão em queda pelo quarto mês consecutivo, gerando preocupações crescentes sobre a possibilidade de deflação no país. Dados recentes do Escritório Nacional de Estatísticas revelam que o índice de preços ao consumidor (CPI) recuou 0,1% em relação ao ano anterior, superando uma expectativa de queda de 0,2% prevista por analistas. Esse padrão negativo se iniciou em fevereiro, quando o CPI caiu 0,7%.
Deflação nos preços de fábrica
Além disso, a deflação nos preços de fábrica, ou preços ao produtor (PPI), também se intensificou, com uma queda anual de 3,3% em maio, superando a previsão de 3,2%. Os preços no atacado mantêm-se em território deflacionário desde outubro de 2022, refletindo a pressão na cadeia produtiva e a demanda debilitada.
Medidas de estímulo econômico
Para enfrentar os efeitos da desaceleração econômica, as autoridades chinesas implementaram diversas medidas de estímulo em maio, como cortes nas taxas de juros e na exigência de reservas bancárias. Essas estratégias têm como objetivo impulsionar o consumo interno, ao mesmo tempo em que tentam mitigar os impactos das elevadas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, que chegaram a 145% sobre produtos chineses, levando a retaliações por parte de Pequim.
Negociações comerciais
Recentemente, ocorreram avanços nas negociações comerciais entre China e EUA, culminando em um acordo preliminar em Genebra que resultou na redução significativa das tarifas por ambas as partes. Contudo, o cenário econômico continua desafiador, exigindo um delicado equilíbrio entre os estímulos internos e a gestão das relações comerciais internacionais.