O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud) divulgou recentemente a nova edição do relatório de Desenvolvimento Humano, atualizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 193 países, considerando dados de 2023 como expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
Brasil na 84ª posição no IDH
O Brasil obteve a 84ª colocação com um IDH de 0,786, que se classifica como alto. Comparado a 2022, houve um crescimento de 0,77%, já que o índice anterior era de 0,780. Com esta evolução, o Brasil ascendeu cinco posições, saltando da 89ª para a 84ª colocação.
Evolução do IDH brasileiro
Entre os anos de 2010 e 2023, o Brasil apresentou um aumento médio anual de 0,38% no IDH. A taxa de crescimento foi ainda mais significativa quando analisada desde 1990, evidenciando um aumento médio de 0,62% ao longo de mais de três décadas.
Distribuição global do IDH
Os países são divididos em quatro grupos conforme a classificação do IDH. Os países com pontuação a partir de 0,800 são considerados de alto desenvolvimento humano, englobando 74 nações. O Chile lidera na América Latina e no Caribe, ocupando a 45ª posição com um IDH de 0,878. No geral, a média do IDH da região cresceu de 0,778 em 2022 para 0,783 em 2023, marcando uma alta de 0,64%.
Ranking mundial de IDH
Globalmente, 49 países apresentam um IDH considerado alto. A Islândia, com um IDH de 0,972, atualmente ocupa a primeira posição. Também vale destacar que as seis primeiras colocações do ranking são ocupadas por países europeus. Por outro lado, o Sudão do Sul, criado em 2011, tem o menor IDH, de 0,388, com os últimos postos sendo dominados por nações africanas.
Condições dos países com IDH baixo
O relatório indica que os países com IDH baixo têm enfrentado um aumento nas disparidades. Essa tendência se repete pelo quarto ano consecutivo, rompendo com a convergência que vinha sendo observada nas últimas décadas. A média do IDH de países com alta classificação é de 0,914, enquanto os com baixo IDH apresentam uma média de 0,515.
Desigualdade social e gênero
O IDH do Brasil, ao considerar desigualdades sociais, cai para 0,594, posicionando o país na 105ª posição e inserindo-o na categoria de desenvolvimento médio. Em relação à comparação entre gêneros, as brasileiras têm um IDH de 0,785, ligeiramente superior ao dos homens, que é de 0,783, destacando-se em expectativa de vida e escolaridade, mas apresentando desempenho inferior no PIB per capita.
Inteligência artificial como tema central
O foco do relatório deste ano é a inteligência artificial. Achim Steiner, administrador do Pnud, enfatizou a importância de utilizar essa tecnologia como uma ferramenta para o desenvolvimento humano, destacando a necessidade de cooperação internacional, especialmente entre países mais ricos e as nações em desenvolvimento.
Steiner conclui que o uso consciente da inteligência artificial pode impulsionar a criatividade, diversidade e prosperidade, promovendo um futuro mais colaborativo no século XXI.