O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o Brasil possui um “colchão de proteção” que o torna resiliente a turbulências externas. Durante sua fala, Haddad enfatizou que o país conta com reservas cambiais robustas, um saldo comercial favorável e uma super safra, fatores que ajudam a mitigar os riscos influenciados pelas políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Situação atual do Brasil
Em sua análise, o ministro citou que, atualmente, o saldo comercial do Brasil varia entre US$ 75 bilhões e US$ 95 bilhões, complementado por mais de US$ 300 bilhões em reservas cambiais. Haddad lembrou que o Brasil tem aberto mercados internacionais desde o início do mandato do presidente Lula, o que corrobora a posição favorável do país no comércio global.
“Estamos em uma situação em que a gente não deve nada para ninguém”, afirmou Haddad, ressaltando que o Brasil se encontra em um cenário econômico consolidado, capaz de se defender de crises, similar ao que ocorreu em 2008.
Potencial para crescimento das exportações
O ministro também comentou que, embora as consequências do novo tarifário sejam incertas, eles podem impulsionar as exportações brasileiras e acelerar o avanço do acordo entre Mercosul e União Europeia. “O Brasil tem uma posição privilegiada em virtude do aumento das suas exportações para os três grandes blocos econômicos: Estados Unidos, União Europeia e China”, explicou.
Desafios para o PIB
Apesar das boas perspectivas, Haddad reconheceu que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode sofrer impactos devido ao atual cenário econômico global.
“Podemos, eventualmente, a julgar pelos movimentos, sofrer algum impacto”, avaliou. O ministro prevê que a economia brasileira deve fechar 2023 com um crescimento de 2,5% e que a inflação pode voltar a níveis mais adequados ao longo do ano.
Essas observações foram apresentadas em uma entrevista à BandNews TV.