Após o anúncio de Donald Trump sobre a pausa de 90 dias nas tarifas comerciais, o Goldman Sachs revisou sua previsão quanto à recessão nos Estados Unidos, passando a considerar que esse cenário não é mais o mais provável para os próximos meses.
Impacto do anúncio na economia
A equipe liderada por Jan Hatzius destacou que a suspensão das tarifas recíprocas mantém a alíquota mínima de 10%, mas é importante ressaltar que eles ainda esperam a implementação de tarifas adicionais setoriais. Essa mudança nas projeções inclui a expectativa de crescimento do PIB em 0,5% e uma probabilidade de recessão estimada em 45%.
Antes do anúncio de Trump, o Goldman havia aumentado sua previsão de recessão de 45% para 65% para os próximos 12 meses. Com a nova perspectiva, o banco reafirma um cenário sem recessão e mantém sua expectativa de pico da inflação PCE em 3,5%, além de prever cortes nas taxas de juros consecutivos pelo Federal Reserve.
O anúncio de Trump
Durante sua declaração, Trump mencionou que, enquanto as tarifas sobre muitos países seriam reduzidas temporariamente, as tarifas sobre as importações da China seriam aumentadas para 125%. Esse movimento, que ocorreu logo após a implementação de tarifas pesadas que afetaram diversas nações, gerou uma reação positiva nos mercados financeiros, com os índices acionários dos EUA registrando uma forte alta.
A Casa Branca informou que a tarifa geral de 10% sobre quase todas as importações permanecerá, embora a atualização não impacte tarifas já existentes sobre automóveis, aço e alumínio. Os índices como o S&P 500 registraram um aumento expressivo, refletindo um otimismo renovado no mercado devido à hesitação nas tensões comerciais.
Com essa reviravolta, analistas e investidores estarão atentos às futuras negociações e decisões relacionadas às tarifas, pois elas continuam a influenciar a dinâmica econômica dos Estados Unidos e suas relações comerciais internacionais.