A situação envolvendo 12 pessoas em situação de rua que foram deixadas em Linhares, Espírito Santo, por um ônibus da Prefeitura de Cabo Frio gerou grande repercussão e tensões entre os dois municípios. Na tarde de sexta-feira (11), seis dessas pessoas decidiram retornar a Cabo Frio, após terem sido deixadas na cidade capixaba na última terça-feira (8).
Retorno e Destinos
Entre os acolhidos, além dos que optaram por voltar a Cabo Frio, duas pessoas seguiram para casas de familiares em Minas Gerais e na Bahia. Quatro, sendo três homens e uma mulher, decidiram ficar em Linhares, sendo que a mulher necessitou de atendimentos médicos por conta de um mal-estar.
Motivos da Transferência
Os relatos dos acolhidos indicam que a transferência para Linhares aconteceu devido a promessas de emprego e moradia feitas por um representante da Casa de Passagem de Cabo Frio. No entanto, a Prefeitura de Cabo Frio contestou essa afirmação, alegando que todos assinaram documentos reconhecendo que a viagem não garantia contratações ou moradia.
Compromisso de Acompanhamento
A Prefeitura de Linhares demonstrou sua seriedade em tratar o caso e reafirmou seu compromisso com os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade. A administração afirmou que suas ações são pautadas pelo respeito e pelo acolhimento, embora o prefeito da cidade tenha compartilhado vídeos sobre o episódio em suas redes sociais.
Nota Oficial da Prefeitura de Cabo Frio
Em uma nota oficial, a gestão de Cabo Frio esclareceu que os envolvidos não eram originários da cidade e que haviam se deslocado à Região dos Lagos em busca de oportunidades. Conforme a informação, muitos estavam familiarizados com a colheita de café, o que influenciou suas decisões de retorno ao Espírito Santo. A Prefeitura destacou que apenas financiou o transporte e que todos os envolvidos tinham ciência de que não havia promessas de trabalho.
