As oportunidades de financiamento para a transição energética no Brasil demandam o aperfeiçoamento de diferentes frentes complementares. Representantes do setor público e privado afirmaram a necessidade de trabalhar na redução de riscos, criação de regulações eficientes e inovação em ferramentas financeiras para viabilizar projetos sustentáveis em larga escala.
Evento Brics Dialogues
Essa avaliação foi discutida durante o evento “Brics Dialogues”, no Palácio da Cidade, Rio de Janeiro, que abordou a mobilização de financiamento e o engajamento do setor privado para implementar as metas climáticas no âmbito do Brics.
O papel do BNDES
A assessora da presidência do BNDES, Ana Zettel, destacou o papel essencial do banco no desenvolvimento. O BNDES trabalha para minimizar riscos em projetos e alocar capital em iniciativas com desafios tecnológicos e de demanda, facilitando decisões de investimento seguras na transição energética.
O Fundo Clima é um dos principais instrumentos do banco para fomentar essa transformação, com expertise em projetos de energia eólica, reflorestamento e soluções baseadas na natureza.
Plataforma de País
Zettel mencionou a “Plataforma de País” como um mecanismo onde cada nação pode desenvolver projetos “verdes” para captação de recursos, respeitando suas prioridades.
Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica
Em 2024, foi lançada a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP) com o objetivo de atrair investimentos para áreas estratégicas. A Plataforma visa mobilizar US$ 10,8 bilhões em capital, incentivando atividades que contribuam para as metas climáticas nacionais.
O BNDES atua como secretariado desta iniciativa, estando em contato direto com o setor privado.
Desafios no financiamento privado
Constanza Negri, gerente de diplomacia empresarial da CNI, destacou o desafio em destravar o financiamento privado devido ao alto risco e fragmentação regulatória. Foram sugeridos caminhos para superar esses obstáculos, como ampliar o financiamento climático e promover inovação financeira.
Negri também enfatizou a importância de alinhar padrões ESG para atrair investidores e expandir a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), sugerindo que deve aumentar sua atuação e dedicar recursos à capacitação em temas de transição energética.
No CEBrics, 18 recomendações estão sendo formuladas para abranger temas variados, como agronegócio e investimento, mostrando um esforço transversal nestas discussões.







