Pesquisas da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla apontam que cerca de 40 mil pessoas no país vivem com esclerose múltipla, condição mais frequente em adultos jovens, especialmente entre 20 e 40 anos.
O que caracteriza a doença?
Segundo Bossoni, o sistema imunológico, em vez de defender o organismo, reconhece parte do próprio corpo como invasor e passa a atacá-la. O alvo desse ataque é a bainha de mielina, camada que envolve e isola os neurônios do cérebro e da medula espinhal, componentes do sistema nervoso central. Ele compara essa camada à cobertura plástica de um fio elétrico.
Por esse equívoco, diferentes regiões do sistema nervoso podem sofrer inflamação. Entre os sintomas mais comuns estão alterações na visão, fadiga intensa, sintomas sensoriais como formigamento, dificuldades motoras, perda de equilíbrio, redução da coordenação e episódios de tontura. A forma de manifestação e a gravidade da doença, porém, podem variar bastante.
O médico ressalta que a causa exata ainda é desconhecida, mas há consenso científico de que o quadro é multifatorial: surge de uma predisposição genética combinada com fatores ambientais, como infecções virais na adolescência, baixa exposição ao sol e deficiência de vitamina D.
O tratamento atua em três frentes. Em crises agudas, costuma-se usar altas doses de corticoides. A segunda e mais importante frente é o uso de imunomoduladores, disponíveis em comprimidos orais, injeções subcutâneas ou infusões intravenosas. Por fim, há o manejo dos sintomas, que inclui reabilitação, como fisioterapia, e medicamentos para controlar fadiga e dor.








