Embora o aquecimento antes do treino seja crucial para preparar o corpo, ele não previne a dor muscular de início tardio (DOMS), assim como o alongamento antes ou depois do exercício também não oferece proteção comprovada. Intervenções como massagens, botas de compressão e aplicação de gelo ou calor podem não ter efeitos fisiológicos garantidos, mas podem contribuir para a percepção de bem-estar. A recomendação, de acordo com o especialista Crivoi, é escolher o que traz maior conforto pessoal.
Como lidar com a dor após o treino?
A recuperação ativa é geralmente a melhor abordagem quando a dor surge. A escolha entre descansar e praticar atividade leve deve depender da intensidade da dor. Exercícios suaves podem aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos e ajudar a eliminar resíduos metabólicos, aliviando temporariamente a dor e rigidez, de acordo com profissionais de educação física.
Quando o descanso é necessário?
Se a dor for muito intensa, o descanso pode ser necessário nas primeiras 24 a 48 horas. No entanto, é recomendável evitar o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou relaxantes musculares, pois eles podem inibir a resposta inflamatória natural do organismo, essencial para a adaptação e fortalecimento muscular.
Opções analgésicas e planning do treino
Analgésicos como o paracetamol podem aliviar o desconforto sem prejudicar muito o processo de recuperação. Contudo, se for necessário recorrer a medicamentos, isso pode indicar que o treino foi mal planejado, segundo especialistas.
Importância da alimentação e hidratação
A alimentação desempenha um papel crucial na recuperação muscular, apesar de não atuar diretamente sobre a dor tardia. A ingestão adequada de proteína ao longo do dia favorece a reparação muscular, e manter-se bem hidratado é vital, pois a desidratação pode intensificar a sensação de dor.
A dor muscular tardia é parte do processo de adaptação do corpo aos estímulos do treino, mas não deve ser vista como um indicador de bons resultados. A chave está em treinar com inteligência, respeitar os limites do corpo, progredir de maneira gradual e estar atento aos sinais que o corpo emite, conforme conclui Everton Crivoi.
