O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um ato que ocorreu na manhã do último domingo. Durante o evento, Bolsonaro defendeu a anistia para aqueles condenados por invadir e vandalizar os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro de 2023. Ele próprio enfrenta riscos de condenação por tentativa de golpe de Estado.
Discurso firme e declarações impactantes
Em seu discurso, Bolsonaro enfatizou que não tem a intenção de fugir do Brasil para escapar de uma possível prisão ordenada pelo STF. “O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, afirmou. Com uma postura decidida, declarou que não possui “obsessão pelo poder”, mas sim “paixão pelo Brasil”.
Além disso, ele reconheceu que pode não participar da próxima eleição presidencial, afirmando que “estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir”.
Resistindo às acusações
Bolsonaro também respondeu às acusações de tentativa de golpe, ressaltando que se encontrava nos Estados Unidos durante os eventos de janeiro. Ele é acusado de diversos crimes, incluindo organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Participação popular e apoio no ato
Os apoiadores do ex-presidente tomaram cerca de 300 metros da Avenida Atlântica, com a presença estimada em 18 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common. Essa contagem foi realizada por meio de um software de inteligência artificial que analisou fotos aéreas do público durante o pico do ato.
Demandas ao Congresso
A manifestação teve como objetivo pressionar o Congresso Nacional a aprovar um projeto de lei que garantiria a anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro. Bolsonaro insistiu na inocência das pessoas envolvidas na destruição dos prédios dos Três Poderes, afirmando que não tinham intenção de cometer atos de maldade.
Governadores presentes e apoio político
O ato contou com a presença de quatro governadores, incluindo Cláudio Castro (RJ) e Tarcísio de Freitas (SP). Tarcísio também manifestou apoio à anistia, destacando a necessidade de pautar e aprovar o projeto no Congresso. Ele defendeu a importância de se mover em direção a outras discussões relevantes para o país, como a inflação e o financiamento do SUS.
Conclusão da manifestação
Os participantes do evento, organizados pelo pastor Silas Malafaia, vestiam camisas e adesivos em apoio ao governo de Bolsonaro. As mensagens incluíam slogans como “a direita está viva” e “anistia para os patriotas”. Após o discurso de Bolsonaro, os manifestantes começaram a se dispersar, encerrando o ato que refletiu a mobilização de parte do eleitorado em apoio ao ex-presidente.