17 de julho de 2025
quinta-feira, 17 de julho de 2025

87% dizem que golpismo afetará imagem do Brasil

O ataque golpista a Brasília no último domingo (8) vai prejudicar a imagem do Brasil no resto do mundo, afirmam 87% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha feita após as cenas de quebra-quebra nos prédios dos Três Poderes levada a cabo por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A parcela dos que veem ameaça à reputação do país se divide entre 67% que veem muito dano e 21% que enxergam um pouco de prejuízo. Uma fatia menos expressiva, de 11%, diz que o levante não vai prejudicar o país, e 2% não sabem responder. A soma ultrapassa 100% porque o instituto arredonda valores.

As cenas de selvageria e radicalismo na capital federal correram o mundo e desencadearam uma contundente reação internacional, com chefes de Estado ao redor do mundo com diferentes ideologias e organizações das mais diversas áreas repudiando uma tentativa de ruptura democrática.

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A pesquisa Datafolha mostrou que a maioria da população (93%) se declara contra a destruição dos prédios públicos ocorrida na capital federal.

A avaliação de que o episódio prejudicará o Brasil no exterior é compartilhada até mesmo por aqueles que declaram ter votado em Bolsonaro na disputa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os entrevistados que escolheram o político de extrema direita, 80% dizem que o caso gera dano à imagem do país. Outros 19% acham que não haverá prejuízo, e 1% não sabe responder.

A pesquisa foi realizada nesta terça (10) e quarta (11), com 1.214 pessoas espalhadas pelo país. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações feitas para aparelhos celulares, usados por cerca de 90% da população. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Em meio à repercussão dos ataques, cresceu a parcela de quem diz ter mais vergonha do que orgulho de ser brasileiro. Esse grupo corresponde hoje a 27% da população, mais do que os 21% que deram a mesma resposta na penúltima rodada da pesquisa, no mês passado.

Por consequência, diminuiu no novo levantamento o grupo que responde ter mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro. Os orgulhosos são hoje 69%, ante 77% em dezembro. Uma fração de 1% deu outras respostas, e 2% não sabem responder se sentem mais vergonha ou orgulho.

Os índices dessas respostas vinham em estabilidade desde setembro.

O momento em que a vergonha do país atingiu o pico na série histórica ocorreu em junho de 2017, quando explodiu o caso Joesley Batista e o governo Michel Temer (MDB) entrou em uma crise severa. Na época, 47% tinham mais vergonha do que orgulho, empate técnico com quem achava o contrário (50%).

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